Apesar dos percalços naturais que a vida reserva para as pessoas, com maior ou menor intensidade, para todos eles há uma dosagem natural de força, resistência e superação que asseguram a desejada sobrevida de cada um. O conjunto desses bons resultados representa a vitória pela vida, que ameniza e exclui as dores das decepções eventuais ao longo da trajetória.
Com certeza que o mundo no entorno da sociedade, tem uma estrutura gigantesca e com a grave responsabilidade de produzir os meios e as condições de sobrevivência para todos. Não obstante, é reconhecido que há uma pesada visão crítica quanto ao funcionamento dessa enorme máquina administrativa, principalmente em decorrência dos desvios de conduta do ser humano responsável pela sua condução e gestão, embora existam as óbvias exceções.
Ao refletir sobre esse contexto, vemos que existe um número considerável de instituições que, direta ou indiretamente, integram de forma ativa esse processo produtivo, respondendo de maneira eficiente e integrada pela existência de todo o sistema.
Em uma crônica passada fiz um registro que julguei justo e necessário, ao comentar como era importante a ação dos administradores públicos na vida das pessoas, por cuidarem de todos os detalhes essenciais ao mínimo conforto de toda uma comunidade, representada pelos cuidados com as ruas e avenidas, pelo asfalto e viadutos que viabilizam o trânsito, pelo recolhimento do lixo, pelo indispensável suprimento de água e energia, pelas escolas, postos de saúde e hospitais públicos, e tantos outros fatores mobilizados em benefício da sociedade.
Particularizar o papel imprescindível dessas instituições como sustentáculo da razão de existir do cidadão, é estabelecer o reconhecimento de sua concreta eficácia para o funcionamento do sistema na sua integralidade. Ou seja, o povo precisa ter retorno naquilo que se faz necessário para a sua sobrevivência.
O mérito do realce pelo relevante papel não exclui, contudo, enfatizar as maldades identificadas nas práticas irresponsáveis da grande maioria dos ocupantes dos múltiplos cargos que integram essas Instituições Públicas no universo da República, fato que deslustra e envergonha a toda a população brasileira. O volume do dinheiro desviado chega a ser tão expressivo, que se fosse correta e honesta a sua aplicação nas políticas públicas existentes, certamente não haveria brasileiro passando fome, morrendo por falta de assistência médica ou integrando o elevado índice de analfabetos do País.
Embora a missão dos senhores deputados e senadores seja a de legislar visando oferecer os instrumentos legais que disciplinem as ações dos que administram o País, e da sociedade em geral, o jogo caracterizado pela troca de favores através das “Emendas Secretas” – e outras não tão secretas! -, macula a relação e a transforma numa convivência perniciosa. Quando, na verdade, deveriam ser fiscalizadores e guardiões do erário, e dos eleitores que lhes honraram com o seu voto de confiança. E, diga-se de passagem, quanta confiança!
Reclamar, permanentemente, da necessidade de que haja uma profunda e urgente transformação na mente e na postura de tantos quantos se habilitam a trilhar o mundo da política, tem sido um procedimento não só recorrente na imprensa, como está na voz de todo o cidadão.
No último dia 1º. de fevereiro ocorreu a posse dos novos Deputados Estaduais e Federais, e 27 novos Senadores. Queremos acreditar que não tenha sido uma solenidade que apenas repetiu um rito nos moldes tradicionais, mas que os juramentos desses novos parlamentares tenham sido fundamentados em novos valores porque, de quatro em quatro anos, para nós que os elegemos, É SEMPRE UMA ESPERANÇA NOVA…!
AUTOR: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público (Salvador – BA).
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 05/02/2022
3 Comentários
Crônica espetacular!!! Parabéns!! (Salvador-BA).
Vou plagear aquilo que algue, já disse: “Crônica espetacular!!!” e (Porreta)!
Parabéns!!”
Não apenas em uma cronica, mais por unumeras vezes voce tem registrado a importante a ação dos administradores públicos na vida das pessoas.
Temos a conciencia que o volume do dinheiro desviado, se fosse devidamente aplicado nas políticas públicas existentes, não haveria nenhum brasileiro passando fome, morrendo por falta de assistência médica ou integrando o elevado índice de analfabetos do País.
Portanto, nos resta e compete missão de acompanhar, vigiar aqueles que elegemos, para que nunca nos falte uma esperança nova.
REALMENTE, é sempre uma nova esperança. E com ela venha algo que beneficie a população. Que os eleitos com a confiança do povo saibam dignificar o voto recebido e por favor não sejam uma decepção rotineira. Em sendo assim, já estará de bom tamanho. É pedir muito?