Após cinco meses de gestão à frente da superintendência da Susep, Alexandre Camillo participou de um debate promovido pelo Sincor-SP e Sindseg-SP, no dia 18 de abril, no espaço GAP, em São Paulo (SP). Na ocasião, ele apresentou quatro diretores da autarquia, as realizações de sua gestão, dados de desempenho do setor e as metas para os próximos meses. O debate contou com a participação do presidente do Sincor-SP, Boris Ber, do presidente do Sindseg-SP, Rivaldo Leite, do presidente da CNseg, Dyogo de Oliveira, e do presidente da Fenacor, Armando Vergílio, dentre outras autoridades.
Camillo reconheceu que a sua chegada à Susep colocou fim a um estado de sobressalto no mercado, ressaltando que os seus propósitos são reforçar o diálogo com os players do setor e edificar um período de estabilidade. “A nossa busca é construir um momento de segurança, respeito e confiança, que chamo de estabilidade. Sem isso, é muito difícil investir, empreender e desenvolver. Queremos trazer essa tranquilidade para colocarmos o nosso setor em um nível de percepção e reconhecimento”, disse.
Dyogo de Oliveira, ex-ministro do Planejamento, que assumirá a presidência da CNseg no dia 30 de abril, considerou que o momento atual é de unidade do setor e de esperança. “Temos a expectativa que a nova gestão da Susep cuide das feridas, traga alívio e a visão de futuro”, disse. O presidente da Fenacor também reconheceu que o momento atual é especial, de alinhamento. “A conjuntura é favorável. Se a sociedade não nos percebia bem, isso começou a mudar com a pandemia”, disse Armando Vergílio.
Camillo apresentou os diretores Marcelo Augusto Camacho Rocha, Augusto Coelho Cardoso, José Camilo de Oliveira Nagano e Carlos Queiroz, este último ainda em processo de nomeação. Em seguida, trouxe dados do setor que comprovam o bom desempenho. Em 2021, as receitas atingiram R$ 306 bilhões, 11,8% a mais do que em 2020. Em fevereiro deste ano, a arrecadação alcançou R$ 26,73 bilhões, representando um crescimento de 21,3% em relação ao mesmo mês de 2021. No acumulado do 1º bimestre, o crescimento foi de 13,5% em comparação com 2021.
Dentre as realizações de sua gestão, o superintendente elencou a mudança na Circular Susep 642/2021, realizada em fevereiro deste ano, que aumentou o prazo para adaptação de produtos e cobertura provisória. Ele mencionou também a edição da Circular 662/2022, em abril, com as novas regras para o seguro garantia e, ainda, o alinhamento de prazos para o Open Insurance. Segundo Camillo, o próximo passo do CNSP será a assinatura de uma resolução em conjunto com o CMN para alinhar a interoperabilidade com o Open Banking.
Para os próximos meses, a agenda da Susep inclui, segundo Camillo, o plano de regulação para o resseguro, novos requisitos de sustentabilidade para o seguro, cuja minuta com propostas já passou por consulta pública, e as mudanças no seguro DPVAT, que inclusive foram recomendadas pela CGU, por meio da constituição de um grupo de trabalho já aprovado pelo CNSP.
No encerramento de sua participação no evento, o superintendente chamou a atenção para o momento de oportunidades para o setor. “A sociedade nunca esteve tão exposta a risco como agora, quer sejam pelas questões climáticas, sanitárias, conflitos e avanço da tecnologia. Isso se traduz em oportunidade para o melhor instrumento de proteção, o seguro”, disse. Em seguida, ele respondeu algumas perguntas da plateia e recebeu uma placa de homenagem dos promotores do evento.
Fonte: CVG-SP | Texto: Márcia Alves |Fotos: Douglas Assarian
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 20/04/2022