Considere que o relato a seguir demonstra uma situação que já pode ter ocorrido, que está ocorrendo ou que poderá ocorrer …
Uma pessoa, recém-admitida em uma empresa passou a ter, pela primeira vez, uma cobertura de Seguro de Vida. A princípio não deu muita importância, contudo, dividiu com seu cônjuge o fato de poder gozar deste benefício e conversaram um pouco sobre a importância disto para a família.
Tempos depois, tendo ido à da casa de um amigo para ajudar na construção, um trágico acidente envolvendo a queda de uma laje aconteceu e essa pessoa, então já segurada, veio a falecer. Um grande choque para todos!
Tomando as providências para o enterro, o cônjuge localiza entre os documentos o certificado de seguro e entra em contato com a empresa onde ele havia trabalhado, a qual já tomava todas as providências junto à seguradora no processo do velório, sepultamento, conforme as tradições da família e posteriormente a regulação do sinistro para recebimento da indenização.
O valor do capital segurado pago ao cônjuge sobrevivente equivaleu a cerca de dois anos de salário bruto daquele trabalhador e, graças a isto, sua família foi poupada das dificuldades financeiras imediatas que poderiam ser causadas pela perda de parte da receita familiar originada pelo salário do marido.
O seguro contribuiu efetivamente para o reequilíbrio financeiro daquele lar, gerando condições suficientes para a família se reestruturar e seguir adiante.
Sem o apoio da instituição do seguro, este relato poderia ter um fim bastante diferente …
Do ponto de vista social, o apoio proporcionado pelos seguros de Riscos Pessoais tem a capacidade de auxiliar as famílias, no mínimo, de forma emergencial. É verdade que no mercado securitário brasileiro, a esmagadora massa de pessoas coberta pelo seguro (e normalmente com pequenos capitais) é oriunda de contas empresariais, contudo, um mercado ainda pouco explorado tem chamado a atenção das empresas: – o do Microsseguro.
É importante que ações tanto de marketing quanto institucionais continuem sendo realizadas para conscientização da população, de forma a desconstruir antigos estigmas ligados aos seguros de Riscos Pessoais (como o de que seguro de Vida traz má sorte etc.), fazendo com que o bem mais precioso de todos, a vida humana, seja a primeira opção a se considerar para a contratação de um seguro, sem prejuízo de coberturas para outras modalidades securitárias.
Considere-se, inclusive, que além da própria e necessária cobertura de riscos como morte e invalidez, elementos de atratividade como assistência Funeral, sorteios e outros serviços agregam mais valor ao seguro, permitindo situações de utilização independente da ocorrência de sinistros e fazendo com que a aceitação e percepção de utilidade imediata do produto possam ser experimentadas pelos públicos que até então não contratavam seguros.
É nesse escopo, inclusive o de uma nova e mutante realidade econômica e social, que seguradoras e corretores passam a atuar, identificando novos nichos de mercado e adaptando e/ou criando produtos que atendam às necessidades específicas destes consumidores, sem perder de vista as necessárias modificações nas formas de distribuição e cobrança.
O momento é de fusão da utilidade social do seguro com a oportunidade econômica de geração de receitas e toda a movimentação decorrente disto, seja em termos de expansão da atividade securitária, seja pela geração de poupança e distribuição de renda que esta atividade econômica sempre foi capaz de realizar.
Fonte: Dilmo Bantim Moreira – Membro do Conselho Consultivo do CVG/SP, administrador pós-graduado em Gestão de Seguros e Previdência Privada, atuário MIBA, membro da Comissão Técnica de Produtos de Risco da FenaPrevi e de Seguro Habitacional da FenSeg, docente em Seguros de Pessoas, Previdência Complementar, Saúde, Capitalização, Atendimento ao Público e colunista em mídias de seguros.
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 28/09/2021