Em clima de Corinthians x Flamengo, tem inicio a seção Câmara dos Deputados dos em que será decidido o cenário político do Brasil x PT.
Começou pontualmente às 14 horas neste domingo (17), no plenário da Câmara dos Deputados, a sessão em que 513 deputados começam a decidir o futuro político da presidente Dilma Rousseff. A sessão foi aberta pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que destacou o rito que será adotado.
Logo no começo da sessão, o relator do processo, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), terá 25 minutos para reapresentar os pontos principais de seu parecer, favorável ao impedimento da presidente.
Após a apresentação do relator, os 25 líderes de partidos representados na Casa terão direito a falar. Cada um terá entre três e 10 minutos para suas considerações e para orientar a bancada – o tempo varia conforme o número de deputados de cada legenda na Casa. A expectativa da Mesa da Câmara dos Deputados é que a votação propriamente dita comece por volta de 16h30.
Conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão extraordinária realizada na última sexta-feira, a votação seguirá conforme o regimento interno da Câmara, com chamada alternada de deputados da Região Norte para a Sul.
Em cada estado, a chamada será nominal, por ordem alfabética. Assim, deputado Abel Mesquita Jr (DEM), de Roraima, será o primeiro a votar. Alagoas será o último estado a se manifestar, com o deputado Ronaldo Lessa (PDT), que encerrará a primeira chamada de votação. Para os parlamentaras que perderem a primeira chamada, haverá uma segunda convocação para que se manifestem.
O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa de Dilma, não terá direito à fala neste domingo. O ministro pediu ao presidente da Câmara tempo igual ao do relator para mais uma defesa, mas o requerimento foi recusado por Cunha sob o argumento de que a Câmara vai adotar o mesmo rito do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992, quando só o relator se manifestou nesta etapa do processo.
Clima
Enrolados em bandeiras do Brasil ou de estados brasileiros e com cartazes pró e contra impeachment, os dois lados garantem que têm votos suficientes. Na oposição, o clima é de já ganhou. Por volta das 13h, parlamentares favoráveis ao impeachment diziam ter 370 votos. São necessários 342 para que o processo vá adiante. “Temos absolta certeza de que os votos para a aprovação do impeachment na Câmara dos Deputados estão absolutamente consolidados. A conversa que o governo está fazendo agora é cortina de fumaça para tentar desviar a atenção de que não teremos os votos para aprovar o impeachment”, disse o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM).
Às vésperas da sessão de hoje, até os governistas, que evitaram nos últimos dias falar em número de votos, arriscaram um placar: “Estamos seguros de que hoje à tarde a democracia brasileira vai ser vitoriosa aqui na Câmara. Com a responsabilidade que tenho como líder e parlamentar do Nordeste e, principalmente por essa junção de compromissos que foram se firmando nas últimas 72 horas, não tenho a menor dúvida de que nós não temos menos de 200 votos no plenário, portanto está longe da oposição ter os 342”, disse o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE).
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 17/04/2016