É tempo de agradecer, confraternizar o Natal, partilhar. E de sonhar. As festas de fim de ano têm todos esses significados. Por isso, inicio essa mensagem agradecendo. Em primeiro lugar, a Deus, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós (João, 1). E aos irmãos e irmãs de caminhada, dos quais extraio enorme energia para fazer o máximo possível.
Confraternizei com muitos, o ano inteiro, porque acredito na fraternidade (solidariedade) como valor supremo que nos humaniza e nos aproxima de Deus. Sou movido a sonhos, alguns impossíveis, mas não me importo com as impossibilidades transitórias: luto para superá-las. Entre esses sonhos, está o de que um dia o Reino de Deus esteja em todos os lares, com vida em abundância (João 10), e então o Natal realmente será pleno para todos.
Jesus nasceu, não por acaso, em uma manjedoura: para ser exemplo para toda a humanidade de que o caminho que leva a Deus se trilha pela simplicidade. A imagem da manjedoura improvisada entre animais e palhas traz consigo a força transformadora da comunhão e da renovação do espírito através das mensagens trazidas por Cristo aos homens. Deus nasceu entre nós como nascem os mais humildes, e com Sua humildade transformou todo o mundo.
Neste Natal, que nos una o sentimento de amor ao próximo e que sejamos, acima de tudo, instrumentos de realização da paz aos que nos rodeiam. Que, ao contemplarmos os presépios que simbolizam este momento, lembremos a mensagem que eles nos trazem, magistralmente resumida pelo Papa Francisco na última missa em comemoração ao nascimento de Jesus Cristo:
“Contemplamos o presépio: nele, ‘o povo que andava nas trevas viu uma grande luz’ (Is 9,1). Viram-na as pessoas simples, dispostas a acolher o dom de Deus. Pelo contrário, não a viram os arrogantes, os soberbos, aqueles que estabelecem as leis segundo os próprios critérios pessoais, aqueles que assumem atitudes de fechamento. Olhemos o presépio e façamos este pedido à Virgem Mãe: ‘Ó Maria, mostrai-nos Jesus!”