A família Athayde está sofrendo nas mãos de perigosos assaltantes. Enquanto são mantidos reféns, um dos assaltantes descobre que Roberval (Fabrício Boliveira) é filho de Severo (Odilon Wagner) e, por isso, manda filho dar cabo do próprio pai:
“Você que merece ter o prazer de acabar de vez com esse safado que ferrou com você! ”
Roberval aponta a arma para o pai, mas não tem coragem de apertar o gatilho: “Eu não sou um assassino.” O filho de Zefa (Claudia Di Moura) é amarrado novamente e Severo o surpreende ao dizer:
“Eu nunca fui um pai pra você. Nem um bom homem, que Zefa sempre mereceu ter. Eu sou um péssimo espécime de gente, egoísta, imoral, corrupto. Eu fiz o mal pra essa família, pros meus funcionários que ficaram sem emprego, pros clientes da minha construtora que compraram apartamentos que foram interditados e ficaram desabrigados. Eu reconheço. Você devia ter vergonha de carregar meu sangue dentro de você, Roberval, os bandidos têm razão, eu sou um ratazana de esgoto.”
Roberval pede para ele parar de falar, mas Severo continua: “Eu errei tanto com você, meu filho… será que posso lhe chamar de filho?”. Roberval abre a guarda e diz:
“É o que somos, não é? Apesar de tudo, e por mais estranho que isso possa parecer pelo que fizemos um com o outro, somos pai e filho. Você me deu a vida, é responsável por eu estar aqui, nesse mundo.”
Roberval faz um pedido:
“Olha pra mim como um pai olha prum filho e me dê um sorriso. Você nunca me deu um sorriso. Eu nunca vi o senhor sorrir.”
Severo fica emocionado: “Me desculpe, filho, me perdoe!”. Roberval faz o mesmo: “Me perdoe também, meu pai!”