Equipamento mais indicado pelos profissionais da saúde é o desenvolvido pela Smart Bag. Entenda como funciona
Garantir a capacidade respiratória do paciente é prioridade durante os procedimentos de primeiros socorros. No entanto, nem sempre é possível estabilizar o quadro clínico antes do atendimento hospitalar adequado, e por isso, é necessário contar com alguns artefatos. O reanimador é uma das ferramentas que devem ser tratadas como item essencial pelos médicos e socorristas que atuam em unidades de urgência e emergência. Depois de cinco décadas, um novo equipamento revolucionou a forma de ver os reanimadores. Trata-se da inovação chamada de Smart Bag, desenvolvida pela O_Two.
O reanimador manual auxilia na respiração do paciente em estado crítico, contribuindo para a sua estabilização antes e durante o deslocamento a uma unidade de saúde adequada. Embora seja um equipamento simples e de baixo custo, ele pode ser empregado nas mais diferentes situações. Entre elas, quadros clínicos relacionados a distúrbios respiratórios agudos, hipoventilação ou parada cardiorrespiratória.
Existem muitas marcas destes produtos disponíveis no mercado da área da saúde. Um dos mais recomendados pelos órgãos reguladores de saúde – e não por acaso considerado o melhor custo/benefício, é o reanimador Smart Bag, também conhecido como ventilador Bolsa-válvula-máscara, ou BVM, da marca O_Two. No Brasil, o equipamento é distribuído pela empresa Celmat.
Comparado a outros reanimadores, das demais marcas, o Smart Bag se diferencia pelo material, já que é feito de silicone reutilizável e PVC descartável.
Como funciona o reanimador
Com o uso da técnica adequada, o socorrista vai fornecer a oxigenação manualmente para a via aérea do paciente, até que ele seja colocado em uma via aérea definitiva. Por ser acoplado a uma máscara, o dispositivo não deve ser usado em algumas situações da via aérea difícil, como em lesões graves da boca e seu entorno.
Além de estabilizar o paciente, a experiência tem provado que os reanimadores reduzem de forma considerável a possibilidade de internação em leitos de terapia intensiva. Isso porque os dispositivos garantem resposta rápida ao quadro clínico apresentando, o que diminui a possibilidade de complicações geradas pela falta de oxigênio no cérebro e outros órgãos do corpo.
Reanimadores Smart Bag
O Smart Bag é recomendado porque reduz os riscos de complicações associadas ao mau uso do reanimador manual. Entre os riscos, a academia médica relaciona alguns mais comuns, como a hiperventilação inadvertida, a redução do retorno venoso ao coração e o surgimento de efeitos cardiovasculares indesejáveis. Além da chamada insuflação gástrica, que é quando o ar distribuído pelo reanimador vai em excesso para o estômago, quando deveria seguir o caminho dos pulmões.
Mesmo com os melhores e mais experientes paramédicos, os reanimadores podem gerar uma hiper ventilação ao paciente, deixando o estômago cheio de ar. As consequências são alarmantes, pois esta situação aumenta a pressão interna e pode até fazer com o que o ácido do estômago corroa o tecido do pulmão, que não se regenera. Ou seja, o quadro clínico pode evoluir a óbito.
Este risco é muito menor com o Smart Bag, pois ele traz a inovação de fazer o controle do fluxo do oxigênio. Isso porque sua válvula inteligente indica se a bolsa foi comprimida na intensidade e velocidade correta, o que reduz os riscos de hiperventilação e suas complicações.
Além disso, estudo clínico desenvolvido pela O_Two demonstrou outras características deste reanimador. Entre eles, a melhora no desempenho da ventilação; a redução da pressão máxima nas vias aéreas; e a diminuição dos riscos de vasoconstrição cerebral.
Uso do reanimador
O reanimador Smart Bag ou de outra marca, deve ser usado apenas por profissional capacitado e experiente em medicina de emergência.