Salvador/BA. Nesta terça-feira (6/6), a Polícia Federal, em colaboração com a Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria Geral da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, o Ministério Público (por meio do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas – GAECO), a Polícia Civil – CORE/PC/BA, CORREPOL/PC/BA e a Polícia Militar – CORREG/PM/BA, está realizando as Operações Garça Dourada e Urtiga com o objetivo de cumprir mandados judiciais relacionados a investigações sobre mineração ilegal de ouro e homicídio nos municípios baianos de Santaluz, Jacobina, Valente e Santa Bárbara.
Cerca de 60 policiais federais estão cumprindo oito mandados de busca e apreensão nos municípios de Santa Luz, Cansanção e Nordestina, além de dois mandados de prisão preventiva, todos emitidos pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Feira de Santana/BA.
Durante as investigações da Polícia Federal, foi constatado que os suspeitos vêm realizando extração ilegal de ouro na região de Santaluz há vários anos. Eles evoluíram para a construção de laboratórios, onde recebem e refinam “rejeitos” provenientes de moagens realizadas por garimpeiros ilegais, utilizando processos químicos industriais. A extração do ouro dos “rejeitos” é feita por meio do processo de lixiviação, que envolve o uso de grandes quantidades de cianeto de sódio.
Essa prática ilegal pode causar sérios impactos na saúde humana e no meio ambiente local, devido ao uso ilícito de substâncias altamente tóxicas, como cianeto de potássio ou cianeto de sódio, cuja aquisição e uso são regulamentados pelo Exército Brasileiro.
Os suspeitos poderão ser acusados de crimes como usurpação de bens da União, associação criminosa, posse de artefatos explosivos, extração ilegal de recursos minerais e uso/armazenamento ilícito de substâncias tóxicas, perigosas e nocivas. As penas somadas podem chegar a 19 anos de prisão.
Seis são presos durante a operação Urtiga
De acordo com o Ministério Público estadual, que participou da operação por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), seis pessoas foram presas, entre elas cinco policiais e um garimpeiro. Eles são investigados por integrar organização criminosa que atua na Região do Sisal, na Bahia, especializada em crimes contra a vida com características típicas de grupos de extermínio. Armas, entre revólveres e facas, munições, material de garimpo e celulares foram apreendidos.