Sophia (Marieta Severo) confessará seus crimes diante do júri no último capítulo de “O outro lado do paraíso“.
No dia do julgamento da megera, Mariano (Juliano Cazarré) reaparecerá e contará tudo o que aconteceu. Sem saída, ela acabará confirmando que é uma assassina:
– Eu sou uma pobre mulher. Tive uma infância difícil. Tive que me submeter ao desejo dos homens pra sobreviver. Mas consegui casar e constituir uma família. Me tornar respeitada. Ter um lugar na sociedade. E, de repente, o Laerte (Raphael Vianna) me chantageou. Meu mundo ia ruir. Eu perdi a cabeça. E todos, todos continuaram a me chantagear, a me colocar contra a parede. Eu tive que me defender. A vítima fui eu. Vítima até mesmo do Mariano, a quem eu nunca, nunca quis matar. O Mariano me pertencia. Eu não podia permitir que fosse de outra mulher. Eu só me defendi das chantagens. Eu só me defendi por amor.
Diante do depoimento, os advogados de defesa e acusação afirmarão que não têm mais perguntas. Raquel (Erika Januza), então, ordenará que eles façam as alegações finais. Patrick (Thiago Fragoso) começará:
– Senhores, a ré confessou. Ela matou. Mas vejam bem: ela disse que se defendeu. Não foi assim. Ela matou a tesouradas. Isso mostra que houve premeditação. Caso contrário, não teria uma tesoura à mão. Ela matou por diversos motivos. Mas o principal deles foi a ambição. Ela matou para preservar seu lugar como rainha das esmeraldas. Eu peço as penas máximas para os quatro crimes. Sophia Montserrat é a culpada dos crimes!
O advogado da megera apresentará seus argumentos em seguida:
– Sophia Montserrat é uma mulher indefesa em um mundo de lobos. Sofreu. Lutou. Conseguiu um nome. Quando viu tudo prestes a desmoronar, matou. Não por premeditação. Para defender sua reputação. Peço que os senhores jurados levem em consideração os sentimentos dessa mulher. Deem uma chance para que ela retome sua vida na sociedade. Sophia Montserrat cometeu os crimes, como ela mesma reconheceu. Foi induzida a isso pela violência com que foi tratada pelas vítimas. Que isso sirva de atenuante. Ela merece a absolvição.