Uma mega operação para combater crimes praticados contra a propriedade intelectual foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (1º), em 12 estados: Amazonas, Bahia, Espirito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Paraíba, Pernambuco, Santa Catarina e São Paulo, oito suspeitos foram presos, um deles na cidade de Euclides da Cunha, na região nordeste da Bahia.
Coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Operação 404 cumpriu desde as primeiras horas de hoje 30 mandados de busca e apreensão, bloqueio e/ou suspensão de 210 sites e 100 aplicativos de streaming ilegal de conteúdo, desindexação de conteúdo em mecanismos de busca e remoção de perfis e páginas em redes sociais.
Segundo o ministério, o nome da operação, denominada 404, faz referência ao código de resposta do protocolo HTTP para indicar que a página não foi encontrada ou não está disponível.
As ações para o cumprimento das medidas judiciais foram executadas pelas policias civis dos 12 estados.
Os detidos foram levados à delegacia por porte ilegal de arma de fogo e por suspeita de participação na revenda de séries, filmes e programas de televisão. As prisões ocorreram em seis estados:
Marcação (PB): 1
Canoas (RS): 1
Euclides da Cunha (BA): 1
Rio de Janeiro (RJ): 1
Várzea Grande (MT): 1
São Paulo (2)
Rancharia, SP (1)
Até a última atualização desta reportagem, 136 páginas da internet já estavam fora do ar. A Polícia Federal tem a lista dos usuários dos serviços piratas.
A operação apontou ainda que os sites possuem servidores localizados, em pelo menos, quatro países: Canadá, França, Alemanha e Estados Unidos.
A estimativa do governo é que 4,2 milhões de lares tenham acesso a esse tipo de conteúdo. “Em eventos de futebol, séries, que estão sendo lançadas [o número] chega a mais de 20 milhões de usuários”, explica o coordenador do laboratório de operações cibernéticas, Alessandro Barreto, do Ministério da Justiça.