O jovem piloto paranaense Maicon Semencio Esteves, de 27 anos, foi encontrado nesta quarta-feira (7), com vida, em meio à selva em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá.
A informação foi confirmada pelo irmão dele, Diego Semencio Esteves, que está em Terra Nova do Norte, a 648 km de Cuiabá.
Maicon foi encontrado na floresta próximo a um rio, bastante debilitado, e levado de ambulância para Peixoto de Azevedo.
Segundo um fazendeiro que ajudou nas buscas, o piloto conseguiu chegar em uma região com água, mas não conseguiu ingerir o líquido por estar muito debilitado.
Um grupo de 15 voluntários, três bombeiros e oito policiais militares se deslocaram para a região com o intuito de localizar o piloto. A área é de aproximadamente 6 mil hectares de mata fechada.
Ele comandava um avião, modelo Neiva EMB-201, matrícula PT-GSH. Saiu de Porto Nacional, no Tocantins, para fazer um translado até Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá, quando sofreu o acidente.
O avião caiu no último domingo (4) e, desde então, Maicon estava sendo procurado pela Polícia Militar e por amigos e familiares que foram para o local para ajudar nas buscas.
Os destroços do avião foram encontrados por trabalhadores de uma fazenda próxima ao local do acidente, no entanto, não havia sinal do piloto.
Em um áudio enviado para a namorada, ao qual o G1 teve acesso, Maicon diz que sairia de Porto Nacional em direção a Confresa, a 1.160 km de Cuiabá, onde faria uma parada para abastecer.
De lá, seguiria para Matupá, a 696 km da capital, novamente para fazer um segundo abastecimento. A viagem terminaria em Alta Floresta.
O acidente
Maicon mora em Primeiro de Maio, cidade do Paraná, e trabalha com aviação agrícola.
A família esteve no local e diz que a cabine da aeronave estaria intacta e com a porta aberta, o que indicaria que Maicon teria deixado o local. Também não foram encontradas marcas de sangue.
Em nota, a FAB informou que investigadores do Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA VI), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), vão apurar as causas do acidente.
(G1)