Duas mulheres evangélicas, identificadas como Zelita Pereira Neves, de 32 anos e Marliete Pereira Neves, de 41 anos, foram presas, na noite desta sexta-feira (25), após serem acusadas de desligarem os aparelhos que mantinham o irmão – Almiro Pereira Neves, de 43 anos, vivo na emergência do Hospital Regional de Guanambi (HRG).
Segundo informações obtidas pelo Portal Vilson Nunes, por volta das 21h30, as acusadas solicitaram a entrada na sala onde a vítima estava e, iniciaram orações. Em seguida, acreditando ter acontecido um milagre, ambas desligaram os equipamentos, provocando a morte do paciente. A vítima deu entrada na Unidade de Saúde no dia 21 de outubro diagnosticado com hemorragia subaracnoídea e permanecia intubado na Unidade. Uma guarnição da Polícia Militar foi acionada e deu voz de prisão nas duas mulheres. Posteriormente, elas foram apresentadas na Delegacia de Polícia, onde estão sendo adotadas as medidas necessárias. A Polícia Civil ainda não se pronunciou, mas um advogado ouvido pela nossa reportagem, informou que, as irmãs provavelmente deverão responder por homicídio.
Procurada pelo Portal VN, na manhã deste sábado (26), a diretora geral do HRG, Paula Melo, expressou que, o órgão hospitalar está consternado com o fato, mas salientou que todas as providências necessárias foram tomadas imediatamente, que culminou com a prisão das envolvidas no caso. “Foram duas mulheres que solicitaram pra ver o irmão, com a devida identificação, o profissional oportunizou, mas infelizmente essas pessoas tiraram todos os equipamentos, relatando que Deus iriam salvar, não acreditando na medicina, a polícia foi acionada e encaminhou para Delegacia, o Hospital está consternado com o acontecimento, não se espera nunca que um familiar vai tomar este tipo de atitude“, disse ela.
Terceiro irmão foi ouvido e liberado
Segundo informações repassadas pela 22ª Coorpin, na manhã deste sábado (26), as duas irmãs – Zelita Pereira Neves, de 32 anos e Marliete Pereira Neves, de 41 anos, acusadas de desligarem os aparelhos que mantinham o irmão – Almiro Pereira Neves, de 43 anos, vivo na emergência do Hospital Regional de Guanambi (HRG), foram autuadas em flagrante por homicídio qualificado com base no Art. 121 da Lei 2848. O paciente morreu na noite desta sexta-feira (25). Em seguida, funcionários do HRG acionaram a Polícia Militar, e as duas mulheres e um homem foram conduzidos à Delegacia de Polícia. Em contato com a reportagem do Portal Vilson Nunes, o delegado Adir Pinheiro Júnior, responsável pelo caso, esclareceu que, realmente o trio foi apresentado na delegacia, mas só Marliete e Zelita permanecem presas. O outro irmão, identificado como Márcio Pereira Neves, foi ouvido e liberado na condição de testemunha.
Ainda conforme consta na ocorrência policial, as detidas teriam invadido a enfermaria, apagaram a luz, se dirigiram ao leito 33, onde se encontrava o irmão e desligaram todos os aparelhos. Quando a enfermeira de plantão entrou, a senhora Zelita estava esmurrando o tórax de Almiro, enquanto a senhora Marliete segurava sua cabeça. Em depoimento à um agente da Polícia Civil, uma testemunha confirmou a versão apresentada pela enfermeira. Outras informações colhidas no local também dão conta de que antes da invasão, as apresentadas estavam orando na parte externa do Hospital em companhia de um pastor, que ainda não fora identificado. Neste momento, as evangélicas teriam tido uma “visão” e, conforme as irmãs acusadas afirmaram à guarnição da PM, o referido pastor foi quem teria ordenado o desligamento dos aparelhos. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.