Através de oficinas de luteria (arte de construção de instrumentos musicais) teve inicio as atividades do projeto Orquestra Sisaleira. Serão construídos violões, rabecas, cavaquinhos, ukulelês e violinhas, todos com a madeira do sisal.
O reaproveitamento dos resíduos da cadeia produtiva do sisal já é uma realidade no projeto O Som do Sisal, que agora tem um novo desafio de criar sua primeira orquestra. Para alcançar este objetivo serão realizadas ações de cooperação, formação e intercâmbio cultural em dez municípios integrantes território do Sisal, contemplando oficinas de construção de instrumentos, iniciação musical, exposições fotográficas e circulação de concertos da Orquestra Sisaleira na região.
O Som do Sisal, é um laboratório de investigação técnica e sonora da cultura sisaleira criado em pleno sertão baiano, no município de Conceição do Coité. Tudo começou em 2012, quando o coordenador artístico da Orquestra Santo Antônio, Josevaldo Nim, convidou o estudante de luteria, Webson Santana, para construir instrumentos musicais com sisal, inspirados na violinha de Buriti que é encontrada do povoado de Mumbuca, Jalapão/TO.
A criação da primeira orquestra com instrumentos de sisal faz parte dos novos desafios que o grupo Som do Sisal busca. A última ação foi a sua primeira turnê internacional, devolvendo o sisal ao México em forma de música, com recursos financeiros do Fundo de Cultura, a partir do edital de Mobilidade Artística. O projeto recebeu prêmios de inovação e empreendedorismo (FAPESB 2015; LAUREATE BRASIL, 2016), e ganhou notoriedade através de reportagens nos programas Como Será? e Aprovado, na Rede Globo. https://globoplay.globo.com/v/4233679/
O projeto tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretarias da Fazenda e de Cultura da Bahia. Serão realizadas oficinas de iniciação musical em três cidades (Conceição do Coité, Retirolândia e Valente), e os espetáculos ocorrerão em outras sete cidades, totalizando 50% dos municípios que compõem o Território do Sisal: Santaluz, Serrinha, São Domingos, Ichu, Tucano, Teofilândia e Araci.
Os concertos musicais serão realizados em espaços culturais de acesso gratuito ao público como, tais como: centros culturais, teatros, escolas ou repartições públicas. O repertório musical é autoral e apresenta a cultura sisaleira nas composições, valorizando e difundindo a história do seu povo. Junto a realização de cada concerto, será montada uma exposição fotográfica que retrate a cultura, a paisagem e a vida do homem sisaleiro.
Fonte: http://vemvercidade.com.br
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 08/02/2018