Há cerca de 60 dias que o caminhão da prefeitura, responsável pela coleta, não aparece para fazer o serviço de recolhimento e eles aguardam uma posição do município, antes de tomarem qualquer decisão que prejudique a vida da população.
“Aqui na Borracharia São Jorge era feito o recolhimento dos pneus semanalmente, no mínimo duas vezes por semana. Segundo a prefeitura, o pessoal que faz o recolhimento mudou. Deixou de ser o de endemias e passou a ser de limpeza pública, mas já tem quase 60 dias que eles não vêm ao meu estabelecimento comercial. Tenho aqui quase 100 pneus velhos para descarte. Algumas pessoas levam para a zona rural para fazer canteiros, colocar cactos e plantas. Não somente eu, quanto amigos da profissão, de centros de alinhamentos e borracharias, estamos abarrotados de pneus velhos e aguardamos o posicionamento da secretaria responsável”, reclamou o empresário.
Ele disse que o caminhão que recolhe o lixo não faz esse tipo de serviço, que é realizado por um carro específico. O recolhimento é feito pela prefeitura, segundo ele, por conta de um acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
“Há cerca de 15 anos, a prefeitura firmou um acordo com a CDL para recolher, porque na verdade os resíduos produzidos pelos fabricantes de pneus têm que ser recolhido por eles. Mas algum acordo foi feito com a CDL e os fabricantes para que a prefeitura recolhesse, e levava para um galpão na Avenida Rio de Janeiro. Agora estou tendo que colocar em uma área externa e já está acumulando água, devido a esse período de chuvas, e estou tendo que ter um cuidado maior, estar constantemente tirando a água. Eu fazia há um tempo o serviço de corte dos pneus, mas acabei me acidentando, tive uma lesão séria na perna por conta de uma faca e parei de cortar. Aí se a prefeitura não vier recolher, eu e outros comerciantes, vamos fazer aquilo que as pessoas estão nos instruindo, que é colocar no meio da rua e como é que vai ficar a Avenida Fraga Maia aos olhos da cidade cheia de pneus velhos?, questionou.
A reportagem do Acorda Cidade entrou em contato com a Secretaria de Serviços Público (Sesp) para obter um esclarecimento e aguarda o retorno.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.