ARTIGO – UNIDOS OU PARTI…..DOS?
(VALE A PENA LER DE NOVO – (Publicado em 01/07/2012)
Mesmo diante de “um longo e tenebroso inverno”, ou pior, de uma longa e
tenebrosa seca, quando o coração do sertanejo se encontra entristecido sob a dor
profunda causada pela imagem debilitada dos seus rebanhos, alquebrada pela sede
e pela fome, ainda assim as intempéries do tempo não afetaram as instituições
políticas que reuniram forças para sobreviverem até a chegada das tradicionais e
históricas convenções. Não deixa de ser um fenômeno admirável esse poder de
superação e alheamento que conduz o cidadão a falar mais da própria política do
que das consequências da seca sobre a vida das pessoas, ou seus efeitos danosos
à economia sertaneja.
Durante todo o ano que antecede às eleições tudo gira em torno do tema político.
Mesmo aqueles que não tiveram oportunidade de estudar ou alcançar uma formação
escolar de maior nível, de repente se revelam verdadeiros analistas do quadro
político ou se apresentam como experts na definição do perfil dos que se
apresentam como eventuais pré-candidatos aos cargos eletivos, principalmente dos
cargos majoritários. Pior ainda, se revelam verdadeiros juízes aptos ao julgamento
condenatório deste ou daquele pretendente, emitindo opiniões duras e
contundentes, às vezes nem sempre tão justas.
Esse envolvimento político quase generalizado que se vê em todos os municípios
chega a ser um fato interessante, porque evidencia uma tendência participativa não
tão comum em outras circunstâncias, como, por exemplo, encontrar soluções para
outros problemas que afetam mais intensamente a vida das comunidades, e a cuja
convocação nem sempre há o retorno esperado. Isso não descaracteriza, contudo, o
valor e a importância do processo político que se repete a cada quatro anos nos
pleitos municipais, porque é bonito ver essa integração.
Em todo esse contexto de agradável envolvimento, porém, alguns fatos se revelam
com efeitos extremamente negativos, deixam marcas e sequelas profundas, e
feridas que algumas vezes jamais se cicatrizam! O processo eleitoral é tão marcante
e de interesses tão intensos que princípios são pisoteados, ideologias são
sepultadas, acordos são descumpridos e o “fio do bigode” – se é que ainda existe –
definitivamente raspado! Amparados no conceito das negociações que viabilizem o
êxito político a qualquer preço, em nível nacional e de forma linear foi montado o
show do Vale-Tudo eleitoral, sem as regras definidas e convencionais. Como se
diria no jargão popular, “depois do ex-presidente Lula ter malufado em São Paulo,
tudo o mais é fichinha”. Consequência de tudo isso: estamos “Unidos ou
Parti…..dos”?
AUTOR: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle,
Monitoramento e Avaliação no Setor Público (Salvador-BA).
CONTRIBUIÇÃO DE:
José Deusimar Loiola Gonçalves-
Técnico em Agropecuária(Assistente Técnico em Desenvolvimento Rural-FLEM-BAHIATER); Graduado em Administração de Médias e Pequenas Empresas ; Licenciado em Biologia e Pós Graduado Em Gestão e Educação Ambiental(Apicultor e Meliponicultor).
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