Início Destaques EDITORIAL. ANO XIII NÚMERO 466 – A CRISE DA CONFIANÇA NACIONAL.

EDITORIAL. ANO XIII NÚMERO 466 – A CRISE DA CONFIANÇA NACIONAL.

Agenor Confianca Imagem1Os fundamentos que sustentam as instituições repousam sobre um bem invisível, mas essencial: a confiança. Quando essa coluna começa a ceder, o edifício da República se torna instável, e cedo ou tarde, irá desmoronar.

Nada mais evidente do que o processo corrosivo que hoje se instala nas relações entre os Três Poderes da República. Essa deterioração institucional alimenta uma crise que não é apenas política, mas também moral e social. Corrói silenciosamente os alicerces da democracia e ameaça o próprio sentido da República.

Os discursos não apenas elevaram o tom, mas também perderam o sentido da decência. O diálogo entre os Poderes se transformou em um campo de provocações. Em vez de construir pontes, multiplicam-se os muros. Não se busca a construção de novos tempos, de modo à sociedade consolidar níveis de cultura através do bom exemplo. O que mais se vê são xingamentos, gestos obscenos e outros tipos de baixaria vindos de cidadãos de aparente “bom nível”!

O brasileiro médio, cansado de promessas recicladas e escândalos repetidos, observa com desconfiança cada palavra proferida por quem ocupa o poder, seja de Esquerda ou Direita. A política virou um roteiro previsível, onde os escândalos se sucedem como capítulos de uma novela sem fim, e a impunidade já é personagem permanente. As instituições, que deveriam inspirar segurança, transformaram-se em palcos de disputas ideológicas e interesses pessoais. A gente não vê, mas se ouve dizer das mazelas praticadas em certos locais onde o poder emana de pessoas sem preparo algum para exercer certos cargos. O resultado disso, nem precisa citar!

Hoje, os discursos de palanque perderam a credibilidade. As promessas de mudança tornaram-se frases ocas, repetidas a cada quatro anos. O brasileiro vota descrente, paga impostos por obrigação e assiste à política com o mesmo ceticismo com que assiste às reprises de um velho drama nacional.

As instituições, por sua vez, estão mais dedicadas à disputa do protagonismo do que cumprirem sua vocação de garantidoras da legalidade e do equilíbrio. O que deveria ser a harmonia dos Poderes virou um duelo de vaidades. O eleitor, descrente, segue votando não por esperança, mas por um estado de paralisia mental. O voto, que já foi um gesto de fé na democracia, hoje é apenas um ritual obrigatório de quem aprendeu a esperar pouco e a desconfiar de tudo.

Nas redes sociais, o extremismo entre Esquerda e Direita substituiu o bom diálogo, e o debate político virou um campo de batalha onde a razão é a primeira vítima. Essa crise da confiança nacional vai além da política: ela mina a moral pública, enfraquece a coesão social e alimenta a descrença de toda uma coletividade. Quando o cidadão não acredita mais em quem governa, e quem governa não respeita quem o elege, a democracia entra em legítimo estado de êxtase desalentador…

E o mais deplorável em todo esse contexto, é que os atores que buscam ocupar o papel principal no mercado político, não sinalizam uma esperança de novos tempos, que poderiam advir do próximo pleito eleitoral de 2026. As velhas raposas não abandonam a sedução pelo Poder e assim não viabilizam o surgimento de revelações no quadro político que possam substituí-los. Como diriam os críticos mais mordazes: “Ninguém merece”!

Reconstruir a confiança nacional é o grande desafio de nosso tempo. Isso exige transparência, coerência e compromisso. “A CRISE DA CONFIANÇA NACIONAL” é o sintoma mais grave de uma sociedade exausta. Sem um claro projeto de reconstrução, continuaremos a assistir, de braços cruzados, ao lento desmonte da própria República, porque em decisão não pode ter paixão, principalmente aquela obsessiva que cega os apaixonados pelos falsos “mitos”, como temos assistido no Brasil ultimamente.

Agenor Foto NovaAutor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.

 

Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade

COLABORAÇÃO E COMPLEMENTOS DE:

José Deusimar Loiola Gonçalves

Técnico em Agropecuária- Ex- Funcionário Publico do Governo do Estado de nossa linda e extensa Bahia ; Graduado em Administração de Médias e Pequenas Empresas; Licenciado em Biologia; Pós Graduado Em Gestão Educação Ambiental, e Tecnólogo em Apicultura e Meliponicultura.
Zap: (75) 99998-0025 (Vivo) .
Blog: https://www.portaldenoticias.net/deusimar

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