Por Florisvaldo -2 de agosto de 2020
São inúmeras as inquietações que ora perturbam o estado emocional das pessoas, seja pela dúvida atroz de muitos quanto à funcionalidade das medidas adotadas para a preservação da saúde, através do uso da inseparável máscara ou pelo isolamento e distanciamento social. Há, também, as incertezas que rolam quanto à eficácia dos medicamentos muito comentados, mas de efeitos não comprovados pela ciência médica para vencer o vírus da Pandemia. E, assim, seguem os dias sem sabermos ao certo para onde estamos indo.
Naturalmente que as duas primeiras medidas preventivas para evitar o contágio ou a sua propagação, não podem ser combatidas, pelo que representam como gesto de prudência. Quanto aos medicamentos em voga, não haveria qualquer atitude contrária se houvesse uma unanimidade médica, pelo menos relativa, da parte dos Infectologistas e Epidemiologistas. A pergunta é: Finalmente, qual o remédio que combate esse mal? Para os que estão sendo curados, qual a fórmula utilizada? O povo quer saber.
Assim, resguardadas as providências protetoras acertadas, o grande pânico, tanto para os já infectados, como para os que temem vir a ser contaminados, é essa polêmica quanto às perspectivas de cura pela medicina, mesmo depois de quase seis meses em que o COVID-19 espalha a tragédia pelo país e pelo mundo. Por isso é cabível a indagação anterior.
É impossível não se preocupar com a Pandemia, pelo seu poder de desestabilizar toda uma população, em todos os sentidos, ainda mais diante da maior precariedade do sistema médico público na maioria dos países do Terceiro Mundo! Ou seja, a vida está sendo colocada à prova e o resultado aí está sem maiores comentários.
O outro lado da moeda e cujo desconhecimento provoca visível perturbação, é a predisposição de que o universo não será mais o mesmo no pós-vírus, porque algumas práticas e formas de vida terão de ser reinventadas. Estávamos acostumados com algo que nos parecia NORMAL e, agora, já começam a falar num “NOVO NORMAL”, o que significa que já estão pensando em reescrever um padrão inovador para uma mudança radical na estrutura produtiva, com regras para o trabalho e a convivência social bem diferenciadas daquelas antes existentes. Numa bela definição, a Doutora e Mestra Maria Aparecida Rhein Schirato, da Universidade de São Paulo, assim definiu: “Com o novo, espero um padrão de vida que não me pertence ainda. (…) e a mudança é algo profundamente traumático e assustador”.
É muito difícil de se avaliar a complexidade de tantas alterações ocorridas nas estruturas e processos operacionais em cerca de 90% das empresas brasileiras (segundo pesquisa Ibre/FGV-Fonte: Folha de S. Paulo), reformulação que foi sendo implantada progressivamente, desde o advento do vírus, com o objetivo de não sucumbirem abruptamente. Tudo isso feriu no âmago os empresários e seus empregados, ambos as grandes vítimas desse tsunami virótico. Essa recuperação será dolorosa e lenta. Pior: a cadeia produtiva está comprometida, outra triste constatação.
Outro detalhe que ilustra significativamente esse “Novo Normal” é que ao se reinventarem as empresas buscaram novos caminhos alternativos para estimular as vendas, adequação de espaços, redução de custos gerais e novos modelos de produtividade. Até os empregados que tinham uma formação profissional já desenvolvida para certos segmentos produtivos, vão ter de se adequar a uma nova realidade e buscar outro tipo de especialização. É um novo sistema de vida que irá exigir a criatividade e o aprendizado de cada um, além da compreensão e parceria dos governos, principalmente em decorrência do amplo crescimento do comércio informal.
Os desafios do “NOVO NORMAL” serão grandes, mas as necessidades de sobrevivência e a capacidade de ajustamento, certamente estarão presentes nesse processo de recuperação da sociedade economicamente ativa. É de se esperar que os que não puderem ajudar, não atrapalhem. Vai depender unicamente de todos nós. Porque, “Nada voltará a ser como antes. Mas tudo pode ser melhor como nunca foi”.
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador – Ba
Contribuição do: Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 02/08/2020
Colaboração e Complementos de:
Técnico em Agropecuária (Assistente Técnico de Desenvolvimento Rural-FLEM-BAHIATER-Governo do Estado); Graduado em Administração de Médias e Pequenas Empresas; Licenciado em Biologia; Pós Graduado Em Gestão Educação Ambiental e Acadêmico da UNITAU-EAD-Polo de Tucano – Curso Superior de Tecnologia em Apicultura e Meliponicultura.
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