EDITORIAL ANO II NUMERO 110 – BRASIL: A ESPERANÇA DE NOVOS TEMPOS.

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EDITORIAL ANO II NUMERO 110 – BRASIL: A ESPERANÇA DE NOVOS TEMPOS

A nova equipe de governo para 2019/2022

Superada a euforia da passagem de ano no dia 31 e a prolongada ressaca deixada pelos alegres festejos, já no dia 1º. a nação se deparou com as expectativas da posse do novo Presidente da República. Ouvi de muitos que as providências adotadas envolvendo a segurança do evento eram um exagero desnecessário. Mas, basta raciocinar com a lógica natural e sem preconceito de qualquer natureza, de que houve um atentado à vida do então candidato durante a campanha, em via pública, para justificar todo um planejamento preventivo, visando dar garantias não somente à vida do Presidente que seria empossado, como da população que ali compareceu para acompanhar o evento. Além disso, é preciso lembrar que a solenidade estava recebendo a presença de 46 Delegações, entre chefes de Estado ou seus representantes – o que foi uma prova de prestígio -, e a segurança dessas autoridades era uma obrigação de total responsabilidade para o país. Nesse particular, sobrou competência!

O fato concreto é que, agora, passamos a conviver com uma nova realidade político-administrativa, em que não somente mudou a figura do estadista e comandante maior do país, mas toda a estrutura de funcionamento operacional em todos os níveis, o que passa a ter efeitos reais e diretos na vida de todas as pessoas. Vamos esperar que o Brasil volte a ter vida produtiva com normalidade desde o 1º. de janeiro e não somente depois do carnaval, como era a tradição.

Naturalmente que a expectativa geral se reveste das mais diversas conotações. Por um lado, há a credibilidade e esperanças de uns, de que tudo venha a dar certo para o país e seu povo; por outro, encontram-se aqueles que, impulsionados pela prioridade às razões político-ideológicas, e com a forte carga de uma corrente negativa e contrária manifestam o desejo final do quanto pior, melhor! Não tenho dúvidas, contudo, que nesse campo não exista unanimidade, mas haja um contingente que admite dar um tempo à paz e à tolerância.

Quanto à solenidade de posse o cerimonial optou pela volta às tradições do desfile em carro aberto, no histórico Rolls-Royce, modelo 1952, somente usado nessas ocasiões. Os demais passos da programação foram marcados pela simplicidade dos personagens, sem perder a pompa e circunstância, inclusive com direito até a “selinho” pedido pelo povo, aos gritos, ao casal presidencial. Naquele momento, até a família real ficaria com inveja, se tivesse visto tantos súditos!

Cumprida essa etapa do processo de transição, porém, chegou a hora das ações concretas, naturalmente dificultadas pela conjuntura de ter de implantar novos métodos e filosofias de trabalho, o que sempre causa impacto e resistência. A missão será árdua, notadamente porque o sistema vem corrompido de longo tempo, e as reformas básicas imprescindíveis dependem do debate, entendimento e aprovação do Congresso Nacional, onde as votações sempre foram recheadas de alguns vícios e subordinadas à liberação de verbas para atender às bases políticas, infelizmente. Romper essa barreira, não vai ser uma tarefa fácil.

Urge que se tenha uma consciência conjunta do Brasil que se quer construir para o futuro dos nossos jovens, a partir de um momento presente de mais responsabilidade, com menos ufanismo partidário e mais expurgo das práticas abomináveis em todos os níveis de atividades. Que o combate à corrupção seja um dogma inquestionável, não para motivo de honra do governo, mas para que o bom caráter e a dignidade sejam qualidades inseridas na identidade do cidadão brasileiro. Recuperar a economia com decretos é mais fácil; resgatar valores morais perdidos, é uma tarefa muito mais difícil!

Oxalá esse povo que depositou nas urnas o seu voto de esperança e fé em um novo projeto político nacional, não venha também a se decepcionar, assim como ocorreu com outros milhões de brasileiros que há pouco testemunharam a falência de um Projeto de Poder usurpado pelo ímpeto de enriquecimento ilícito dos seus principais líderes, os quais deveriam ter dado o melhor dos exemplos. Entretanto, foi o que de pior existiu de acordo com aquilo que foi possível tomar conhecimento via os mais diversos noticiários, sem falar naquilo que não soubemos ou jamais saberemos.

Portanto, o que nos resta, é uma grande esperança nesses novos tempos! E porque não ter esperança agora, se antes tivemos!

Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Aposentado do Banco do Brasil (Salvador-BA).

 

Contribuição do: Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 06/01/2019

Colaboração e Complementos de: José Deusimar Loiola Gonçalves
Técnico em Agropecuária (Assistente Técnico de Desenvolvimento Rural-FLEM-BAHIATER-Governo do Estado); Graduado em Administração de Médias e Pequenas Empresas; Licenciado em Biologia; Pós Graduado Em Gestão Educação Ambiental e Acadêmico da UNITAU-EAD-Polo de Tucano – Curso Superior de Tecnologia em Apicultura e Meliponicultura.

Zap: (75) 99998-0025 (Vivo) – (75) 99131-0784 (Tim).

10 Comments on EDITORIAL ANO II NUMERO 110 – BRASIL: A ESPERANÇA DE NOVOS TEMPOS

  1. Mais uma vez concordo com você. Investimos muitas esperanças em Novos Tempos.
    Esperamos que os novos gestores continuem sentindo nossas energias e nossas esperanças. Aproveito para desejar-lhe um Feliz 2019 e que o GADU continue permitindo que você esteja sempre com essa mente maravilhosa. Obrigado pela crônica. (Salvador-BA).

  2. FLÁVIO MENDONÇA.’. // 6 de janeiro de 2019 em 08:41 // Responder

    Realmente você tem a capacidade de vislumbrar que o povo depositou o voto de esperança e que o Brasil volte a ter uma vida produtiva com normalidade desde o primeiro de JANEIRO DE 2019 E NÃO DEPOIS DO CARNAVAL COMO ERA A TRADIÇÃO. E que a consciência conjunta do Brasil que se quer construir para o futuro dos nossos jovens seja uma realidade e que a CORRUPÇÃO ostentada no Governo do PT seja sumariamente extirpada. (Manaus-AM).

  3. Pois é, nobre Poeta… que assim seja! Mas (porém, todavia…) é importante lembrar – e relembrar, se necessário – que os malfeitos já sabidos não podem ser deixados de lado, não podem ser objeto de indulto, indulgência ou anistia prévios – a exemplo, só para citar um caso, das acusações que pairam sobre a figura do atual ex-presidente bem como as suspeitas de movimentação financeira inconsistente por ex-assessor de filho do Presidente empossado.

    O grande temor de vários políticos, sabe-se, é o dia “D”, após a perda da famigerada imunidade parlamentar. E para o Sr. Michel Temer, isso já ocorreu na tarde do dia 1º, ou, se se considerar os prazos legais, no máximo no primeiro minuto do dia 02 de janeiro último.

    Passando ele à condição de “simples mortal”, deve ser investigado e objeto da mais rigorosa apuração de todos os fatos imputados à sua figura nos últimos tempos – a exemplo do ocorrido com seu assessor – ou ex-assessor flagrado correndo, como um rato, portando uma mala cheia do vil metal (salvo engano, a bagatela de R$ 500 mil).

    Esses e outros crimes, ou suspeitas de ilícitos penais, envolvendo seja-lá-quem-for (desde o ex-presidente Temer até o ex-assessor de um dos filhos do atual presidente), devem receber imediata atenção e andamento nas apurações para que se restabeleça a credibilidade da Justiça e do Governo, numa demonstração inequívoca de combate efetivo à corrupção, crimes do colarinho branco, etc.

    Em assim agindo, penso eu, o novo governo demonstraria, com ações e fatos, que os tempos efetivamente mudaram e que a Lei serve para todos. Obviamente concedendo-se a todos os envolvidos o sagrado direito constitucional à ampla defesa e ao contraditório. Eventual omissão ou demora no andamento das apurações – dessas e tantas outras acusações lançadas pelos meios de comunicação sobre figuras importantes dos Poderes da República, a meu ver, colocariam o governo da esperança em caminhos já antes trilhados que levaram a nação a decepcionar-se com sua escolha – a exemplo de Fernando Collor, Lula e Dilma – apenas para citar os últimos que nos decepcionaram. (Salvador-BA).

  4. HENRIQUE TADEU // 6 de janeiro de 2019 em 09:11 // Responder

    Particularmente, também achei exagerado o esquema de segurança. Quanto as expectativas, realmente são grandes, mas preocupa-me o discurso excessivamente liberal, principalmente do ministro da economia. Também está sendo excessivo os mimos para os militares. Até perdas do governo Fernando Henrique estarão sendo repostas… E nós, que também tivemos perdas exageradas, como ficamos? Vamos torcer para que as coisas melhorem para nós, também.

  5. Muito bem. Parabéns!!!

  6. Eden Lopes Feldman // 6 de janeiro de 2019 em 17:56 // Responder

    ESPERANÇA: esta palavra que é o centro desta sua motivadora crônica retrata um sentimento comum entre a maioria dos brasileiros, Agenor. Que optaram pela renovação. E, conforme sua análise, o combate a corrupção, aliado com eficiência e competência da máquina pública, tornaram-se o centro desta esperança. Para mim, embora possíveis erros que existiram ou possam surgir, o importante na minha opinião foi esta renovação. Que trouxe novas idéias balizadas pelo conceito tradicional do brasileiro. O Brasil esta reiniciando. E que o ressurgimento seja rápido para a imediata chegada dos novos tempos. FOZ DO IGUAÇU

  7. EMANOEL APOLINÁRIO.’. // 6 de janeiro de 2019 em 18:16 // Responder

    A leveza do seu texto nos embala, mesmo antes de terminar um parágrafo, somos surpreendidos, durante a leitura pela vontade silenciosa de buscar adivinhar o que nos reserva o parágrafo seguinte. Texto adequado, contendo importante ponto de vista, que nos remete para o aprimoramento do nosso entendimento e visão sobre o contexto histórico do nosso País, trazendo ânimo e esperança. Tenho confiança de que a Nação Brasileira sairá vencedora com essa nova forma de governar. (Salvador-BA).

  8. EDSON TENÓRIO // 6 de janeiro de 2019 em 18:18 // Responder

    Muito boa. Vamos dar tempo ao Mito (Camamu-BA).

  9. MARIA CÂNDIDA SEIXAS // 6 de janeiro de 2019 em 19:33 // Responder

    Como sempre uma excelente reflexão, vamos voltar a ter esperança em dias melhores para todos, sem esquecermos de fazer a nossa parte. (Feira de Santana-BA).

  10. PR. RUY GUILHERME MATOS // 6 de janeiro de 2019 em 19:36 // Responder

    MAIS UMA COMPETENTE E OPORTUNA REFLEXÃO DO NOBRE COLUNISTA DO “A FOLHA DE NORDESTINA”. (NORDESTINA-BA).