Olá leitores amigos de nossos blogs!!
Hoje(28), comemoramos o dia nacional do nosso bioma caatinga, o único genuinamente(100%) brasileiro. É muito lamentável a forma como ele vem sendo tratado, sem um mínimo se quer de preservação.Não contamos mais como antigamente com aquela riquíssima fauna e flora, em função da ação danosa e gananciosa do bicho homem, que de forma cruel vem realizando os desmatamentos indiscriminados retirando nossas matas, as nossas pastagens nativas,o meio de sobrevivência de nossas abelhinhas, para implantar as falsas pastagens cultivadas para criar o boi, o bode e o carneiro porque são grandes no tamanho, mais nunca na mesma grandeza da importância das abelhas para com a MÃE NATUREZA.
Neste dia nacional do bioma caatinga,este blogueiro amigo na modesta qualidade de APICULTOR/MELIPONICULTOR e Pós Graduado em Gestão Ambiental,aproveita o ensejo deste dia especial ao nosso fantástico bioma, para deixar aqui a seguinte proposta bem pensada: que pelo menos um dos membros de cada câmara de vereadores dos inúmeros municípios inseridos no bioma caatinga faça a provocação de seus pares para nas próximas LDOs-Lei de Diretrizes Orçamentarias de seus respectivos municípios fique assegurado uma certa quantidade de recursos financeiros para a implantação de hortos florestais, viveiros com o objetivo de produção de mudas de plantas frutíferas,forrageiras,priorizando as plantas nativas da caatinga, inclusive, aquelas plantas preferenciais das abelhas a exemplo do umbuzeiro; juazeiro; quixabeira,leucena,algaroba,licuri, dentre outras tantas com alto potencial de néctar e pólen. Não podemos continuar só tirando, tirando do nosso bioma caatinga sem absolutamente a reposição de nadica de nada. Se onde só se tira algo, a tendência um dia é acabar.
Boa Noite!!
CONTRIBUIÇÃO DE:
José Deusimar Loiola Gonçalves
Apicultor Meliponicultor,Diretor de Comunicação da FEBAMEL,,e Pós Graduado em Gestão e Educação Ambiente-Ex-Técnico da EBDA Monte Santo
(75) 9131-0784/ 9998-0025
O Decreto Federal de 20 de agosto de 2003, publicado no Diário Oficial da União, seção 1, edição 161, página 5, de 21 de agosto de 2003 institui o Dia Nacional da Caatinga, a ser comemorado no dia 28 de abril de cada ano. A data homenageia o professor João Vasconcelos Sobrinho (1908-1989), pioneiro na área de estudos ambientais no Brasil. O Dia Nacional da Caatinga foi celebrado oficialmente pela primeira vez no Seminário “A Sustentabilidade do Bioma Caatinga“, ocorrido nos dias 28 e 29 de abril de 2004 em Juazeiro, na Bahia.
Caatinga é um termo de origem Tupi-Guarani e significa floresta branca. O termo resulta da combinação dos elementos ca-a (floresta), tî (branco) e o sufixo ngá, (que lembra). A razão para esta denominação reside na aparência que a floresta revela durante a estação seca, quando a quase totalidade das plantas estão sem folhas e os troncos brancos e brilhosos, extraordinárias estratégias para diminuir as perdas de água nesta estação. Outra estratégia destacável são as folhas modificadas na forma de espinhos. Com esse conjunto mínimo de adaptações à deficiência hídrica, a Caatinga se mostra como uma vegetação xerófila, espinhosa e caducifólia, de certo, seus aspectos mais nítidos. Carl von Martius (1794-1868) renomado botânico alemão que esteve no Brasil no século XIX, referiu-se a caatinga como silva horrida (floresta feia). Verdadeiramente, parece não existir beleza e alegria em algo seco e branco, no entanto, quando as primeiras chuvas caem sobre a caatinga uma extraordinária explosão de cor e vida emerge, numa mudança repentina de paisagem das mais espetaculares do mundo.
Essa cobertura vegetal exclusivamente brasileira é singular, ou seja, não é encontrada em nenhum outro lugar do mundo além do Nordeste do Brasil. Ocupa uma área de aproximadamente 900 mil quilômetros quadrados englobando de forma contínua parte dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. Durante muito tempo a Caatinga foi descrita como ecossistema pobre em espécies e endemismo. No entanto, estudos recentes apontam o contrário. A flora já levantada registra aproximadamente mil espécies, das quais um terço são espécies endêmicas (exclusivas). Estima-se que o total de espécies vegetais alcance 2 mil a 3 mil. Ademais, mamíferos, peixes, aves, répteis e anfíbios superam mil espécies com um nível de endemismo bastante variado. É desse patrimônio biológico que o sertanejo obtém madeira, carvão, carnes, frutas, plantas medicinais, fibras, mel e forragem para os rebanhos.
Infelizmente, o mau uso e ocupação da terra pelo Homem têm, há tempos, levado um estresse ambiental à caatinga sem precedentes na história. As razões para esse desmantelamento da caatinga tem sido o uso da mata nativa para lenha e carvão e o avanço de polos agropecuários. Para dar uma ideia da velocidade da destruição, entre 2002 e 2008, a caatinga foi removida o equivalente a 1.657.600 campos de futebol, conforme o estudo.
CONTRIBUIÇÃO DE:(ARNÓBIO CAVALCANTE é pesquisador-adjunto, ecólogo do Ministério da Ciência e Tecnologia em exercício no Instituto Nacional do Semiárido)
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