Artigo – DOIS MOMENTOS NA NOSSA HISTÓRIA: 1950 e 2014
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Em razão da marca que representa a Copa 2014, pensei nada escrever, nesta semana, sobre os temas nacionais de sempre, principalmente de natureza política, porque neste momento nada mais interessa ou ocupa as preocupações gerais de todo cidadão brasileiro que não seja viver as emoções naturais de uma Copa do Mundo. Mesmo o autor, que tem opinião formada contra a Copa no Brasil por motivos óbvios já amplamente focalizados, mas, jamais, poderia ser contra a nossa seleção brasileira. Comungo com o grande cronista Nelson Rodrigues, quando afirmou: “O escrete não é outra coisa senão a pátria”.
A tragédia de 1950, quando da inauguração do Estádio do Maracanã na primeira Copa do Mundo realizada no Brasil, trouxe à tona um estado de comoção de tal intensidade que feriu com profundas chagas os sentimentos do torcedor brasileiro durante 64 anos. A frustração teve uma dimensão tão impressionante que a torcida e a imprensa estigmatizaram o nosso grande goleiro Barbosa como o culpado pela derrota para o Uruguai, ao ponto desse injustiçado atleta, antes de morrer no ano de 2000, ter declarado “que sua punição pela derrota para o Uruguai na final da Copa do Mundo de 1950 já durava bem mais do que a pena máxima de três décadas instituída na legislação brasileira!”. Rigorosamente, a sua pena sem julgamento durou 50 anos, enquanto para um condenado por crime a maior pena atinge 30 anos!
Nada é mais natural do que essa expectativa atual em torno do desempenho de nossa Seleção, recaindo sobre os ombros dos jogadores e Comissão Técnica um pesado fardo a ser resgatado. A reparação pelas lágrimas fartamente derramadas pelos que viveram naquele momento histórico do futebol nacional, somente será compensada com a conquista em solo brasileiro do título de Campeão Mundial, ou as gerações do futuro viverão novamente a angústia dessa experiência.
Os erros cometidos na montagem da estrutura básica para a grandiosidade dessa Copa, certamente serão temporariamente esquecidos e, às vezes, até perdoados. Os superfaturamentos dos projetos, os atrasos das obras, as críticas internas e externas, a desenfreada violência em todo país, a insegurança urbana, as manifestações às vezes justas, mas com perturbadores da ordem pública e vândalos infiltrados, tudo isso poderá em breve cair no esquecimento. O título conquistado, por um bom tempo suplantará todas as nossas carências. Encerrado o evento, o“PADRÃO FIFA” já será coisa do passado e voltaremos a conviver com o nosso “PADRÃO BRASIL” e todas as suas deficiências nos setores mais fundamentais para uma melhor qualidade de vida do cidadão: boa educação, boa saúde, boa segurança, bons transportes! Apesar de todo encantamento provocado pela Copa, voltaremos à convivência com o nosso tradicional “jeitinho brasileiro” de improvisação e acomodação das coisas.
O estado de êxtase que domina a torcida brasileira, iniciado no último dia 12 de junho e já premiado com a primeira vitória do Brasil, tanto poderá durar só trinta dias como mais quatro anos. A alegria marcada pelo sorriso estampado na face, pela paixão na decoração de casas e vias públicas com o ufanismo do verde e amarelo, e pela forte emoção da espera de cada jogo, tudo isso é alimentado pela confiança na concretização de um sonho ansiosamente esperado a cada quatro anos.
O sofrido, mas sempre alegre povo brasileiro, merece viver esse grande momento da sua história, acionando todas as suas boas vibrações para receber bem os milhares de torcedores de todo o mundo, exibindo todo o seu potencial de civilidade. Será, também, uma boa oportunidade de mostrar a certos “manos” estrangeiros e que não conhecem a Geografia Geral, que aqui habita um povo digno, honrado e bonito, que trabalha e produz, e não aquilo que imaginam que o nosso território é habitado somente por índios, onças e répteis que circulam pelas ruas das cidades. Com entusiasmo e euforia os visitantes já estão constatando que aqui há uma gente de permanente sorriso na face, que canta e que dança como se os problemas não existissem, transmitindo um confortante exemplo de vida.
Vamos vibrar com fé e esperança na vitória!
Contribuição e autoria: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.
Caríssimo Agenor Francisco dos Santos””
Apesar de seu modesto editor não estar nesta verde e amarela por motivos que prefiro não entrar em detalhes, gostaria de complementar sua crônica,tratando um pouco, do ridículo de quinta feira próxima passada , quando um determinado grupo de pessoas inescrupulosas, vaiaram a excelência maior de nossa Pátria Amada(a Presidente Dilma), inclusive, com insinuações de baixo calão. Aqui na porreta dessa net, foi possível perceber o nível de insatisfação, não só dos internautas brasileiros, como do mundo como um todo.
Parabéns por mais uma abalizada crônica que vem enriquecer de forma significativa a praça de alimentação de nossos blogs.
Muito Obrigado por tudo.
José Deusimar Loiola Gonçalves
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