EDITORIAL ANO 1 NUMERO 21 – “EM QUEM VOTAR?”
O título está entre aspas, porque a indagação não me pertence, mas, sim, ao leitor Guarabira Queiroz Lima, no seu comentário à minha última crônica, a quem peço permissão para usar a expressão. Poderia até afirmar que a pertinente colocação não é de exclusividade do amigo Guarabira, uma vez que essa pergunta está contida no universo de dúvidas que hoje domina o eleitorado brasileiro.
É válido afirmar que o país atingiu o fundo do poço ou o ponto mais extremo da escassez de lideranças dignas e de respeito, de tal forma que, se colocar na peneira os candidatos com “fichas sujas” da política nacional eles irão forçar tanto a passagem que ela fatalmente irá se romper…! E assim, nos quatro cantos deste imenso território brasileiro o questionamento é sempre “EM QUEM VOTAR?”, seja numa eleição Direta antecipada, se agora casuisticamente for aprovada, ou mesmo aquela que, constitucionalmente, já está prevista no Calendário Eleitoral para 2018. O impasse é tão acachapante que repito a frase pronunciada pelo Senador Cristóvam Buarque, da tribuna do Senado, e por mim já utilizada, diante da hipótese de uma eleição Indireta imediata: “[…] eu costumo dizer, nós todos hoje, estamos sob suspeição da opinião pública; não tem exceção, uns mais outros menos”.
Na atualidade há absoluta carência de nomes desprovidos das máculas que se tornaram muito evidentes nos últimos tempos, desde ex-presidentes ou os demais pretensos candidatos ao cargo. Investigados, já condenados ou não, os indícios de culpa são tão claros que o julgamento da população se torna mais importante que a própria condenação judicial, sujeita às muitas variáveis processuais dos recursos protelatórios e, ainda, aos conflitos interpretativos de julgamentos meio nebulosos nas diversas Instâncias! Triste e deprimente conclusão! Como nunca se viu no país um processo de depuração do nível ora praticado pela Operação Lava Jato, essa é a oportunidade rara que se apresenta ao cidadão brasileiro de deixar o partidarismo sectário de lado, seja situação ou oposição, para apoiar a exclusão total desses usurpadores que estão na linha de frente do comando da Nação, utilizando a força da sua poderosa arma: O VOTO.
Avocar as realizações de qualquer governo como peça justificadora de retornos à cena política, mas obscurecer todo um conjunto de tristes fatos que marcaram de forma negativa essa mesma administração, é querer ludibriar a boa-fé do eleitor, que precisa se convencer de que as obras e projetos não são conquistas, mas o cumprimento de obrigações e responsabilidades inerentes à função para a qual cada um foi eleito. Essa Nação, jovem e cheia de potencialidades, merece uma chance de recuperação do achincalhamento em que a prostraram perante o mundo! Aqueles que são os verdadeiros causadores desse débil cenário atual, irão utilizar todos os recursos legais e ilegais que assegurem as suas sobrevivências, e a preservação dos patrimônios que sujamente construíram, mesmo que tenham de ser agraciados com prisão domiciliar e as já famosas “tornozeleiras eletrônicas”…!
Como bem afirmou o escritor francês Victor Hugo, “entre um governo que faz o mal e o povo que o consente, há uma certa cumplicidade VERGONHOSA”. Se não pretendemos entrar para a história com o registro negativo de que fomos cúmplices e omissos diante de tantas mazelas, assimilemos, também, a verdade que se encerra no pensamento do escritor moçambicano, Mia Couto: “VOCÊ É LIVRE PARA FAZER SUAS ESCOLHAS, MAS É PRISIONEIRO DAS CONSEQUÊNCIAS”. É oportuno lembrar que você, meu caro eleitor, ainda terá tempo suficiente para evitar a “cumplicidade VERGONHOSA” para si mesmo.
AUTOR: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público (Salvador-BA).
Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 02/07/2017
Reitero a necessidade da mudança de nosso regime eleitoral, (Presidencialismo de Coalisão), para o Parlamentarismo, Amigo! Mas como fazê-lo nas atuais circunstância com esse parlamento aí? Tá muito difícil, Amigo! Muito difícil! (Salvador-BA).
Como diz Caetano “Enquanto os homens exercem seus podres poderes”. Os três poderes da República são uma VERGONHA, e aí o que faremos no sufrágio, escolher alguém que vai indicar alguém para julgá-lo! Um absurdo, essa interferência do Executivo no Judiciário, e sem falar nas manobras com o Legislativo. (Belém-PA).
A pergunta é excelente, Agenor. E me faz questionar se adianta votar. Pois em todos os candidatos, não existem brasileiros competentes. Pois as pessoas que teriam condições de exercer mandatos inteligentes e honestos estão retirados da política, pela absoluta incapacidade de enfrentar o fisiologismo e a ideologia radical de esquerda. Estamos em uma encruzilhada. Entre a dúvida em quem votar e a impossibilidade da escolha de programas políticos adequados.
Sábias palavras! Somos cúmplices quando os elegemos, mas não somos cúmplices nas falcatruas, roubalheiras, corrupção. Então precisamos agir para limpar e erradicar essas ervas podres do governo. Ainda acredito no Povo Brasileiro! (Salvador-BA).
COMPLEMENTOS DO EDITOR DEUSIMAR- O HOMEM FORTE DAS ABELHAS:
A indagação contida no título desta mais uma crônica do Menestrel do Vaza Barris, “EM QUEM VOTAR?” é na verdade uma grande preocupação do despreparado eleitorado brasileiro. Como única alternativa de se escolher um suposto candidato à presidência da República fora do cenário político totalmente desacreditado seria a possibilidade de se escolher um cidadão(a) comum sem vinculação partidária, mas a nossa última carta magna de 1988 só permite a qualquer cidadão(a) brasileiro(a) a ser um suposto candidato se o(a) mesmo(a) estiver filiado há seis meses em um determinado partido politico. Assim sendo fica cada vez mais difícil se escolher um nome bom para votarmos em 2018 para a presidência da Republica.
CONTRIBUIÇÃO DE:
José Deusimar Loiola Gonçalves
Técnico em Agropecuária(Assistente Técnico de Desenvolvimento Rural-FLEM-BAHIATER-Governo do Estado); Graduado em Administração de Médias e Pequenas Empresas ; Licenciado em Biologia e Pós Graduado Em Gestão e Educação Ambiental(Apicultor e Meliponicultor).
Fones de contato: 75- 99998-0025( Vivo-Wast App); 75- 99131-0784(Tim).