O MOMENTO CULTURAL DO BLOG DO DEUSIMAR- O HOMEM FORTE DAS ABELHAS.

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VALE A PENA LER DE NOVO:ORIGEM DAS EXPRESSÕES COMUMENTE USADAS EM NOSSO COTIDIANO.

By deusimar, 30/12/2011 3:02 pm

Como surgiram as expressões:

Feito nas coxas
As primeiras telhas usadas nas casas aqui no Brasil eram feitas de Argila, que eram moldadas nas coxas dos escravos que vieram da África. Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam todas desiguais devido as diferentes tipos de coxas.
Daí a expressão “feito nas coxas”, ou seja, de qualquer jeito.

Voto de Minerva
Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu.
Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.

Casa de Mãe Joana
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana.
Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

Conto do Vigário
Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente.
Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro.
O negócio era o seguinte:
Colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas.
A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa.
E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro.
Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.

Ficar a ver navios
Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado.
Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei.
Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.

Não entendo patavinas
Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova, sendo assim, não entender patavina significava não entender nada.

Dourar a pílula
Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto do remedinho amargo.
A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.

Sem eira nem beira
Os telhados das casas das famílias de classe média tinham uma pequena marquise para proteção contra a chuva (eira). As mais ricas, além de eira, tinham beira (desenhos arquitetônicos sobre as eiras). Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre.

O canto do cisne
Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer.
A expressão canto do cisne representa as últimas realizações de alguém.

 

À Beça

No Rio imperial, havia um comerciante rico chamado Abessa, que adorava ostentar roupas de luxo. Quando alguém aparecia fazendo o mesmo, dizia-se que ele estava se vestindo à Abessa, ou seja, como o comerciante. Virou sinônimo de abundância, exagero.

Outra versão: a origem dessa expressão, que significa “em grande quantidade”, é atribuída à grande profusão de argumentos utilizados pelo jurista sergipano Gumersindo Bessa (1849-1923) ao enfrentar Rui Barbosa em famosa disputa pela independência do território do Acre, que seria incorporado ao Amazonas. Quem primeiro utilizou a expressão foi Rodrigues Alves (1848-1919), presidente do Brasil de 1902 a 1906, admirado da eloqüência de um cidadão ao expor suas idéias: “O senhor tem argumentos à bessa.” Com o tempo, o sobrenome famoso perdeu a inicial maiúscula e os dois esses foram substituídos pela letra c com cedilha (ç).

 

Santo do pau oco

A Coroa Portuguesa costumava cobrar imposto altíssimo sobre as pedras preciosas e o ouro. Quem não queria pagar colocava as peças dentro de imagens de santos e assim passava pelas vistorias que havia nas estradas.

 

Para inglês ver

Em 1830, pressionado pela Inglaterra, o Brasil começou a aprovar leis contra o tráfico de escravos. Mas todos sabiam que elas não seriam cumpridas. Falava-se, então, que as leis eram apenas para inglês ver.

 

A vaca foi para o brejo

Quando a seca é mais violenta, os animais começam a procurar os brejos, regiões que permanecem alagadas por mais tempo. É sinal de que a situação piorou.

 

Farinha pouca, meu pirão primeiro

A farinha de mandioca era um dos alimentos que os bandeirantes costumavam levar durante suas viagens pelo interior do Brasil. Quando o estoque de comida estava acabando, o prato principal era peixe com pirão. Nesse momento, o chefe da expedição usava a força do cargo.

 

Hora da onça beber água

O animal costuma fazer isso ao anoitecer, e, segundo a tradição indígena, esse é o melhor momento para abatê-lo.

 

É a ovelha negra da família

A história dessa frase nasceu do milenar trabalho de pastoreio. Em todo o rebanho há um animal de trato difícil, que não acompanha os outros. Cuidando das ovelhas, protegendo-as dos lobos, providenciando-lhes os melhores pastos, o pastor não evita, porém, que uma delas se desgarre. É a “ovelha negra”. Por metáfora, a frase passou a ser aplicada nas famílias e em outras comunidades, a filhos ou a afiliados que não têm bom comportamento. Na “Ilíada”, de Homero (século IX a. C.) relata o sacrifício de uma ovelha negra como garantia do pacto celebrado entre Páris e Menelau, que resultou na guerra de Tróia. Mas ela não foi punida por mau comportamento. Como muitas ovelhas negras, era inocente.

Ai são outros quinhentos

Um nordestino sentindo a dificuldade de sustentar a família, resolveu a ir para São Paulo, e para arrumar o dinheiro da passagem e um pouco mais para deixar com a esposa, trabalhou 02 meses na construção da casa do irmão, e conseguiu juntar 800,00 reias. Desses 800,00 reais, ele resolveu a deixar  500,00 reais, com a esposa para fazer as feiras. Achando muito pouco, e desconfiando da esposa na hora de fazer a economia, sem nem saber se chegando em São Paulo arrumaria trabalho, o nordestino resolveu a deixar na posse do vigário da cidade os 500,oo reais, para ele ir fornecendo aos poucos. Foi até a casa paroquial, fez a entrega, mas ao retornar, doeu-lhe na consciência, e pensou consigo mesmo: que besteira eu estou fazendo!!! se eu não confiar em minha companheira, que conheço a 30 anos, vou confiar em quem? mais no padre, do que nela?

Fez a manobra no caminho de retorno à sua casa, pediu conselhos ao padre, pegou o dinheiro de volta, entregou à esposa, e no outro dia seguiu viagem.

Depois de decorridos uns tres meses, voltou mal intencionado, e resolveu a colocar o padre no pau dizendo que não tinha recebido de volta os 500,00 reais. O caso foi parar na Promotoria Pública, e numa grande audiência com  a presença do padre, e um bom número de beatas, uma delas levanta-se e diz: doutora promotora, nós vamos fazer uma vaquinha, arrecadar os 500,00 reais desee infeliz que está acusando nosso santo padre, e fica elas por elas. Neste exato momento, o nordestino usa a palavra e diz: desse jeito não, doutora promotora!!posso até receber.. mais aí são outros quinhentos, quero receber meus quinhentos, que deixei com esse padreco desonesto..

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