“O Shopping Congresso Nacional terá: três edifícios, área de lazer e serviços; a construção ocupará 332 mil m². Um dos prédios, o Anexo IV-B, abrigará um auditório para 700 pessoas; já o Anexo IV-D será um edifício de 10 andares na superfície e três no subsolo, com 256 gabinetes parlamentares de 60 m² cada e abrigará “órgãos” da Câmara e garagens para funcionários. Neste terá um Shopping com área de lazer, praça de serviços, restaurantes, cafés, lojas e “áreas de convivência”.
As garagens dos três prédios, juntas, conterão 4.400 vagas cobertas e 80% poderão ser alugadas. As outras 20% serão reservadas para uso exclusivo da Câmara.
O projeto foi inicialmente orçado em R$ 1 bilhão, mas a intenção da Câmara é fazer uma Parceria Público-Privada (PPP)”.
Fiz questão de apresentar o detalhamento acima, meio longo é verdade, mas é porque não tendo muita intimidade com a engenharia, planta de construção, etc., principalmente em se tratando de Shopping, assim, nessa introdução o leitor ficará conhecendo melhor todas as alternativas que serão oferecidas pelo “Shopping Congresso Nacional”, a ser construído no Distrito Federal, em Brasília! Não se preocupe, das 4.400 vagas do estacionamento, 80% serão cobradas do público, porque, como sempre, o negócio deles tem que dá lucro….
Será que estamos mesmo no Brasil ou, de repente, fomos transportados numa madrugada qualquer de transe hipnótico para um outro país rico, por alguma veloz nave extraterrestre, e nem nos apercebemos do ocorrido? Ora, o assunto que mais domina as preocupações do povo atualmente e do próprio governo federal, é como superar a turbulência em andamento, com a moeda se desvalorizando, o desemprego aumentando, os preços dos bens de consumo subindo de forma preocupante, alíquotas de impostos com alta em estudo, e até as apostas das loterias da Caixa com os preços já aumentados…
Meio que timidamente a equipe de governo, capitaneada pela própria Presidente, anunciou publicamente o corte de 69,9 bilhões de reais nas despesas do Orçamento Federal como parte do arrocho/ajuste fiscal oficial. Leia-se, redução de investimentos em programas oficiais e verbas de projetos parlamentares para Estados e Municípios. Reduzir a estrutura administrativa de 39 Ministérios e 22.926 cargos comissionados federais, cortando na própria carne, NADA! Numa inequívoca demonstração de falta de sintonia, o próprio Ministro da Fazenda, que seria o mentor das medidas, não compareceu ao ato. Dizem que, na verdade, estava contrariado porque defendia uma meta de redução de 80 bilhões, não aceita pela presidência, desarmonia que já transfere falta de credibilidade às medidas. A sua Assessoria procurou explicar a ausência, mas nada que uma alegação de resfriado ou gripe não pudesse justificar. Isso revela ser incontestável que dentro da própria equipe de governo estão falando línguas econômicas diferentes.
Diante de um cenário como esse que se apresenta, como é possível imaginar-se que da cabeça de algum Deputado Federal, surja uma ideia tão estapafúrdia como essa? Antes foram as passagens aéreas para os cônjuges se visitarem em Brasília por conta da Câmara – felizmente cancelada – agora a construção de um Shopping…! Onde está o bom senso e espírito de responsabilidade dos parlamentares com o sofrimento do povo em geral? Vamos pressionar e gritar em alto e bom som o nosso repúdio, na esperança de que o Senado Federal rejeite essa ignomínia. Dizer que o investimento terá a coparticipação da iniciativa privada através da Parceria Público Privada-PPP é “conversa mole para boi dormir” e que o projeto está orçado em 1,0 bilhão de reais também não passa de uma tentativa de engodo, pois de ajuste em ajuste no total do orçamento ele chegará, fatalmente, a 5,0 ou mais bilhões de reais.
Não obstante tudo isso, e quando se pensa em esquecer uma tragédia como o Petrolão, eis que explode na Suíça o escândalo de corrupção já apelidado de FIFAGATE com altas figuras da entidade e a prisão de 7 envolvidos no esquema, entre os quais, para manter a tradição nacional, está um brasileiro de 83 anos de idade, ex-presidente e atual vice-presidente da nossa CBF, o José Maria Marin, com previsão de mais brasileiros envolvidos! O ex-atleta do futebol brasileiro Romário, atual Senador, já falava da tribuna e em entrevistas sobre a corrupção que dominava a CBF no tempo do Marin e já acusa até o atual presidente que o sucedeu. Parecem tão verdadeiras as acusações do Romário, que o Marin deixou a presidência, mas ficou na vice, mostrando que não queria mesmo largar o filé.
Como seria melhor, caro leitor, que o nosso pensamento diário e semanal estivesse voltado para a construção de novos projetos de vida, cheio de fé e otimismo em melhores dias para a família e a sociedade…! Que o país reaprenda a conviver com a verdade e deixe de ser a pátria do “não vi nada, não sei de nada”! Que esse sonho se torne realidade um dia! AMÉM!
AGENOR CAPA 3Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador – BA.
CONTRIBUIÇÃO DO:Blog do Florisvaldo – Informação com Imparcialidade 31/05/2015
Florisvaldo Ferreira dos santos
Consultor de Seguros e Benefícios
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