Ola meus leitores(as) amigos(as) do nosso Blog!!
Gerou uma verdadeira confusão a aula de português aprendendo com a nossa mais nova Excelência da Republica, Dilma Rousself.
Presidente ou “presidenta”?
Para dirimir suas dúvidas, leiam na íntegra a matéria abaixo:
08.11.2010
Myrson Lima
Professor e membro da Academia Cearense da Língua Portuguesa
Dilma Rousseff, petista eleita para a Presidência da República, manifestou que gostaria de ser chamada de presidenta, caso vencesse a eleição no segundo turno. Tratamento idêntico já é dispensado à argentina Cristina Kirchner e parece haver sido essa a forma escolhida pelo presidente Lula para saudar a candidata eleita em recente pronunciamento à Nação.
Por outro lado, circulam emails na Internet condenando tal tratamento. Especialistas e professores são consultados com mais frequência ultimamente para dirimir tal dúvida. Nas páginas do O POVO, o saudoso professor Hélio Melo chegou a publicar elucidativos artigos sobre o assunto. Afinal, como se forma o feminino de presidente?
A norma culta do português registra que os substantivos terminados em “e” são uniformes, isto é, possuem uma única forma para o masculino e para o feminino: o nubente, a nubente; o doente, a doente; o habitante, a habitante; o inocente, a inocente; o amante, a amante. Existem, porém, alguns que são biformes, isto é, apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino: o mestre, a mestra; o elefante, a elefanta (ou elefoa); o monge, a monja; meu parente, minha parenta.
Há um terceiro grupo de substantivos terminados em e que tanto podem ser uniformes ou biformes: o governante, a governante, a governanta; o alfaiate, a alfaiate, a alfaiata; o gigante, a gigante, a giganta; o infante, a infante, a infanta; o hóspede, a hóspede, a hóspeda. Nesse último grupo, é que se encontra o feminino de presidente. Pode-se dizer, indiferentemente, o presidente, a presidente, a presidenta.
Encontram-se também substantivos terminados em e que apresentam formas irregulares na formação do feminino: o abade, a abadessa; o alcaide, a alcaidessa; o conde, a condessa; o duque, a duquesa; o padre, a madre; o frade, a freira; o sacerdote, a sacerdotisa, o confrade, a confreira.
No que diz respeito ao gênero das profissões, existe uma grande resistência para se usar a variação feminina. Talvez seja o forte machismo ainda predominante em nossa cultura, responsável por tal rejeição.
Quando Ivete Vargas, filha de Getúlio Vargas, foi eleita para o exercício do mandato na Câmara Federal, registrou-se forte oscilação na imprensa da época para chamá-la de deputada. Afirmava-se que o nome não era agradável ao ouvido. Hoje, os femininos são mais frequentes. Já não mais estranham as formas senadora, governadora, prefeita, embaixadora (embaixatriz é a esposa do embaixador), vereadora.
Na hierarquia militar, não há razão para não se usarem os seguintes femininos: o soldado, a soldada, o coronel, a coronela; o general, a generala; o capitão, a capitã; o oficial, a oficiala; o sargento, a sargenta; o sargentão, a sargentona.
Observem-se, porém, os seguintes substantivos, referentes a patentes militares, que são uniformes: o cabo José Maria; o cabo Maria José; o major Mário, a major Maria; o tenente Lúcio, a tenente Lúcia.
FONTE DA MATÉRIA: Myrson Lima-Professor e membro da Academia Cearense da Lingua Portuguesa.
COLABORAÇÃO DE: DEUSIMAR DAS ABELHAS- Tecnólogo em Administração de Médias e Pequenas Empresas;Licenciado em Biologia e Pós graduando em Gestão e Educação Ambiental.