O fato de em outra matéria ter exteriorizado o meu pensamento quanto a considerar positivo o Presidente da República buscar o fortalecimento das relações diplomáticas com os outros países, não invalida, absolutamente, fazer uma reflexão analítica até onde isso é normal ou excessivo como, também, uma avaliação dos improdutivos resultados embutidos na missão, e nas viagens até aqui. Por falar nisso, qual será a próxima viagem, mesmo?
Naturalmente, num País ainda carente de muitas conquistas no campo social, que possam trazer proteção e benefício para um elevado número de brasileiros atingidos pelo desemprego e pelas duras consequências da fome, não pode o Presidente da República se dar ao luxo de, num Boeing Presidencial, estar, a todo momento, levando comitivas para viagens internacionais. Obviamente, que a esse processo está atrelado um elevado custo com hospedagens em hotéis caríssimos, exibindo uma falsa ideia de Nação dotada de elevado poder político e econômico.
Por mais que se pretenda justificar a razoabilidade de 15 viagens ao exterior em tão curto tempo do mandato – Argentina, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido, Uruguai e Vaticano, além de duas viagens a Portugal -, até ao mais leigo brasileiro soa como uma postura governamental, no mínimo, pretensiosa demais. Mesmo que se tente comparar esse procedimento com qualquer outra Nação do mundo, não encontraremos qualquer projeto similar em prática, seja em países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Então, eis a pergunta: Será que só o presidente e a sua equipe estão no caminho certo?
O que vem estimulando uma crescente resistência ao governo, é essa linha conflitante de prioridades de ações, em que está sendo mais importante o alinhamento político externo do que interno, e o retorno da disponibilidade dos recursos do BNDES para financiar os parceiros da esquerda da América Latina. Vale lembrar, que entre 2007 e 2015, nos Governos da época, foram financiados pelo Banco cerca de 50,0 bilhões de reais, dos quais 5,2 bilhões ficaram contabilizados como “calote”, causados pelos amigos do petismo, Venezuela, Moçambique e Cuba. É bom saber que os empréstimos são garantidos pelo Tesouro Nacional, ou seja, dinheiro do povo brasileiro.
Visto se tratar do terceiro mandato do atual presidente, há uma visível percepção de que algo estratégico está definido no sentido de alimentar o próprio ego, pouco preocupado pelo fato de que o PT não consolidou no mercado político a imagem de qualquer outra liderança, com potencial para sucedê-lo.
Quanto ao povão, jamais esquecerá o seu mito, porque não importa se ele anda pela Venezuela, Cuba, Japão, ou o mundo todo, e sim que já o agradou com o “cala a boca” do Bolsa Família, com vantagens ampliadas. E aqui, cabe lembrar, mais uma vez, que o dinheiro que enche o Tesouro, é o nosso e assim sempre será! A pretensão de se tornar um líder mundial da esquerda, vem se revelando que “o tiro está saindo pela culatra”, dado a avaliação negativa que já começa a repercutir na imprensa européia, a exemplo das críticas do jornal francês LIBERACIÓN, que considerou o Presidente do Brasil uma “decepção e falso amigo do Ocidente”.
A estratégia petista precisa ser repensada, e o governo descer do Gabinete aéreo para pisar o solo nacional repleto de problemas de toda ordem, para o bem desse País. É grande a decepção e o desencanto do povo brasileiro, diante de um governo de brigas e intrigas, ainda em cima do palanque e olhando o País pelo retrovisor.Se isso não for corrigido, em breve poderá conduzi-lo a clamar em alto e bom som: “PROCURA-SE O PRESIDENTE”!
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Aposentado do Banco do Brasil – Salvador – BA. Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 02/07/2023
Blog do Florisvaldo- Informação – Com Imparcialidade-02.07.2023
Colaboração de:
José Deusimar Loiola Gonçalves
Zap: (75) 99998-0025 (Vivo) .
Blog: https://www.