Sempre recordo com muito carinho, a grata experiência vivida no exercício da minha primeira Gerência-Geral do BB, na cidade de Uauá, sertão baiano, em 1982, ou 41 anos atrás! Tantas foram as figuras especiais que conheci, cada qual com a sua inteligência sertaneja, sempre habilidosos ao contar as histórias típicas do sertão. Como não recordar do Coronel Jerônimo Ribeiro, meu grande amigo, ilustre autodidata, com pensamentos sábios e oportunos para todas as situações! Quatro mandatos de prefeito da sua terra, num passado difícil! Diferentemente de hoje com tantas verbas vindas do governo federal…
Como esquecer do Edinho da Farmácia, também prefeito no passado, que sempre comentava nas suas visitas à gerência da Agência: “Seu Agenor, o poder é sedutor!” Essa frase se tornou emblemática para justificar durante as demandas pré-eleitorais, o motivo das lutas pelo poder… Além de ser uma frase da mais pura verdade que já ouvi.
Essas preliminares de cunho nostálgico e revestidas de amenidades, contribuem para a reflexão e entendimento das atitudes dos políticos e governantes dos dias atuais, cuja sedução pelo poder não somente alimenta as vaidades e as ambições pessoais, mas, perigosamente, fortalecem certas ideologias indesejáveis para o País.
Assim como a sedução pelo poder já era algo concreto naquele tempo, é visível que ela permanece viva no cenário político nacional. A grave preocupação desse contexto é que a seriedade das medidas de governo se confunde com o populismo inconsequente, com graves riscos para os rumos econômicos do país.
Pugnar por extinguir a fome e a pobreza é um projeto nobre e dignificante, mas nenhuma nação consegue alcançar esse objetivo através de um simples decreto. Eduardo Ribeiro, Presidente do Partido Novo, assim reagiu: “Como todo populista de ego inflado, Lula pensa que está acima da realidade e das leis da economia. Não está. A conta sempre chega”. Faltou dizer, que chega cara e pesada para alguém pagar.
A reação foi decorrente de um momento em que a loquacidade do Presidente superou os limites possíveis e, de repente, se insurgiu na condenação das Teorias Econômicas vigentes, ao afirmar “que os livros de economia estão superados”. Ora, o Presidente defender a Saúde e a Educação nada mais justo como metas de governo, mas defender um total descontrole do Orçamento Público e Fiscal como justificativa, é pregar uma nova Teoria Econômica banal e absurda.
Talvez, se a nova tese presidencial estivesse embasada no propósito de reduzir a máquina administrativa estupidamente aumentada no início do seu Governo, com a criação de 14 Ministérios e milhares de novos empregos para amparar toda a esquerda que o acompanha sedenta de poder, aí sim, haveria margem orçamentária suficiente para atender as demandas sociais do combate à fome e à redução da pobreza, tão pregadas pelo Presidente.
A curiosidade mais em evidência nesses primeiros 100 dias de governo, é que o Presidente não trouxe novas ideias e apenas a preocupação de restabelecer os nomes dos programas que existiram no seu governo anterior, e nada de realmente novo apresentou até agora. Assim, voltaram as siglas: BOLSA FAMÍLIA e MINHA CASA, MINHA VIDA, que tinham sido rebatizadas pelo governo anterior, respectivamente, com os nomes de RENDA BRASIL e CASA VERDE E AMARELA. Isso chega a ser uma tradição indecente, visto que, repetidamente em todos os governos: o importante são os nomes atribuídos por cada novo governante, e não o valor do conteúdo dos programas sociais.
Triste é a constatação de que sai governo entra governo, e os padrões de governança não se modificam. Além do mais, existe uma tradição de que sob os tapetes palacianos sempre há algo oculto, mas que, um certo tempo depois, vem à lume! E as “joias” árabes que o digam!
Uma FELIZ PÁSCOA a todos os meus amigos e colegas!
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Salvador-BA.
Contribuição do: Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 09/04/2023
COLABORAÇÃO E COMPLEMENTOS DE:
Técnico em Agropecuária- Funcionário Publico Aposentado do Governo do Estado de nossa linda e extensa Bahia ; Graduado em Administração de Médias e Pequenas Empresas; Licenciado em Biologia; Pós Graduado Em Gestão Educação Ambiental, Graduado no Curso Superior de Tecnologia em Apicultura e Meliponicultura.
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