MONSENHOR HUBERTO BRUENING – VIDA DOADA A MOSSORÓ.
O monsenhor Humberto Bruening, vigário de Mossoró até o último dia de vida, era amado e respeitado por todos. Como descendente germânico, herdou o jeitão de “ouvir muito e falar pouco”. Certa feita, observava o trabalho que um pedreiro seu contratado fazia no altar-mor da catedral. O servente foi chegando com argamassa e disse: “Padre Huberto, só se fala no ouro de Serra Pelada”. E, depois, de rápida pausa: “Eu tô pensando, agora no final do ano, me casar e ir embora pro Amazonas. O que o senhor acha?”. Padre Huberto do pico dos seus dois metros de altura e setenta anos de experiência, alfinetou: “Você vai fazer duas besteiras de uma vez só”. Assim mesmo o monsenhor fez o casório e não cobrou nada.
1. Padre Huberto Bruning, além de um sábio, estudioso, pesquisador, profundo conhecedor e protetor da abelha Jandaíra, era também muito espirituoso e radicalmente contrário à americanização de nosso vocábulo. Por ocasião de um batizado em que presidia, indagou do genitor qual o nome da criança. – Washington, respondeu orgulhoso o pai do garoto. Padre Huberto indagou o porque daquele nome de origem americana. – É que gosto muito da letra “U”, informou o pai ao que foi admoestado pelo sacerdote: – Se é por isso você deveria ter registrado com o nome de Urubu que tem logo três letras “U”.
2. Padre Huberto costumava dizer que os seres da terra geralmente fazem seus caminhos, suas trilhas, para se orientar e facilitar seus deslocamentos. Assim, a formiga cortando roça segue sempre pela mesma rota em direção ao formigueiro. O cupim para o cupinzeiro. Da mesma maneira caminham os preás, os tatus, os veados campeiros e demais animais da nossa fauna, à busca do alimento e do abrigo. Nossas abelhas após localizarem flores poliníferas e nectaríferas constroem verdadeiras trilhas comunicando às suas irmãs através de sons rápidos e intermitentes a direção entre o ninho e a fonte de alimento. É assim o comportamento de todas as espécies do planeta terra com uma única exceção. A exclusão da regra, como não poderia deixar de ser é feita pelo dito animal chamado racional. É o homem quem constrói as famosas lombadas nas ruas e estradas dificultando sua própria passagem por não ter autocontrole de andar na velocidade permitida.
Técnico em Agropecuária- Ex- Funcionário Publico do Governo do Estado de nossa linda e extensa Bahia ; Graduado em Administração de Médias e Pequenas Empresas; Licenciado em Biologia; Pós Graduado Em Gestão Educação Ambiental, e Tecnólogo em Apicultura e Meliponicultura.
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