EDITORIAL ANO III NUMERO 114 – “TUDO TEM O SEU TEMPO DETERMINADO”
Publicado em 3 de fevereiro de 2019 por Florisvaldo em Brasil, Política // 3 comentários
No primeiro mês do novo governo, o cenário político-administrativo que se apresenta à avaliação crítica dos brasileiros, sugere a existência de uma perceptível gama de intensas preocupações que dominam alguns segmentos – fato mais que natural -, e em outros um perfil mais reflexivo e de reações ainda latentes, como se propondo recordar as palavras do sábio Salomão, de que para “tudo tem o seu tempo determinado” (Eclesiastes 3-1). Também no nível dos analistas há uns com ímpetos de pouca moderação, intolerância, e inusitada pressa na solução dos graves problemas que afligem o país, nem sempre ocultando a pressão ideológica que os inspiram. É óbvio que são muitas as situações que reclamam uma ação governamental efetiva, as quais, ou não foram atacadas com determinação pelos governos anteriores, ou foram encaminhadas de forma inadequada. O inadmissível é pretender que uma equipe que ainda está olhando onde pisa, consciente que há muita areia movediça no seu entorno, tenha competência para resolver tudo em tão pouco tempo. É impossível, nesse momento, comparar 1 mês com 16 anos… Dentre as tantas formas de abordagens sobre essa inquietante expectativa, uma delas me impressionou pelo alcance e profundidade do pensamento do autor, que define a verdade sobre dois caminhos a trilhar: “O Brasil não precisa pacificar os ânimos para voltar a crescer e desenvolver. É o contrário. O Brasil precisa voltar a crescer e se desenvolver para o país se acalmar e avançar”. (Nizan Guanais, Folha, Edição 29/01/2019). Ele demonstra com grande acerto que não é pela emoção e pelo abatimento, ou curvados diante do Muro das Lamentações, que se resolverá os problemas sociais e econômicos, as graves dificuldades da educação e da saúde, além do caótico quadro de insegurança que entristece as nossas grandes cidades. E sim buscando os caminhos que fortaleçam a nossa economia através do restabelecimento da confiança dos investidores e motivando os empreendedores, a fim de que sejam ampliadas as oportunidades de trabalho. Alcançando essas metas, o estado de ânimo do país voltará à plena normalidade. Em paralelo, não se pode perder de vista a feliz lembrança do leitor Florisvaldo dos Santos, em seu inteligente comentário à última crônica, quando reproduziu a frase do botânico francês Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853) que, preocupado com a praga da formiga no Brasil, nos deixou essa primorosa frase: “Ou o Brasil acaba com a SAÚVA, ou a saúva acaba com o Brasil”. Naquele tempo o excesso de formiga causou tanta preocupação ao botânico, que ele nos brindou com esse brilhante conselho. Mas, não menos acertada e oportuna foi a analogia feita pelo Florisvaldo, ao adequar o pensamento do francês à realidade atual em que vivemos: “Ou o Brasil acaba com a CORRUPÇÃO ou a corrupção acaba com o Brasil”. Assim como os recursos tecnológicos foram eficazes no controle da saúva, espera-se que agora também sejam usados, além do poder policial e jurídico exercido com dignidade e verdadeira vocação no combate a essa praga da CORRUPÇÃO, a qual vem destruindo a nação e aniquilando os mais notáveis valores que devem constituir o caráter do cidadão brasileiro. O que o povo espera é que os objetivos de honestidade e transparência pregados aos quatro cantos quando em campanha, sejam preservados. A recente atitude do Banco Central em impedir que o COAF-Conselho de Controle das Atividades Financeiras faça o monitoramento da movimentação financeira suspeita de parentes e sócios de políticos investigados, foi um desrespeito inominável, além de representar um acinte e incoerência com todos esses propósitos. Pelo fato de ter ocorrido simultaneamente com as revelações envolvendo o ex-assessor do filho, hoje Senador, o ato veio revestido de tantas fragilidades e suspeitas, que já se anuncia o cancelamento da medida por total inconsistência. Apreciei a frase do colunista Acílio Lara Resende, no portal O Tempo: “Filho de presidente não é cargo nem função, mas pode atrapalhar”! Uma verdade que o tempo dirá! Quem viver verá!
Agenor Santos Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público – Aposentado do Banco do Brasil (Salvador-BA).
Contribuição do:Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade
Colaboração e Complementos de:
José Deusimar Loiola Gonçalves
Técnico em Agropecuária (Assistente Técnico de Desenvolvimento Rural-FLEM-BAHIATER-Governo do Estado); Graduado em Administração de Médias e Pequenas Empresas; Licenciado em Biologia; Pós Graduado Em Gestão Educação Ambiental e Acadêmico da UNITAU-EAD-Polo de Tucano – Curso Superior de Tecnologia em Apicultura e Meliponicultura.
Zap: (75) 99998-0025 (Vivo) – (75) 99131-0784 (Tim).
Comentários 3 Comments on EDITORIAL ANO III NUMERO 114 – “TUDO TEM O SEU TEMPO DETERMINADO” FLÁVIO MENDONÇA.’. // 3 de fevereiro de 2019 em 10:58 // Responder Mais uma vez você está coberto de razões coerentes, mormente, quando se reporta ao nível dos analistas com ímpeto de pouca moderação, intolerância e inusitada pressa na solução dos graves problemas criados ao longo dos Governos anteriores, em especial do PT, e, que afligem o país e ainda se apresentaram como se fosse o rompimento de uma barragem como a do córrego do feijão em Brumadinho-MG. Se observa até nos comentários de suas crônicas que, inclusive, s.m.j. chegam a fazer acusações indevidas. Realmente, não dá para comparar um mês com dezesseis anos. Como se vê a qualidade de alto nível da equipe que norteia o presente Governo, após a algumas reformas estruturais, com certeza o Brasil vai voltar a crescer e se desenvolver apresentando confiança aos investidores do mundo inteiro. Temos esta esperança e o povo, com certeza, terá que esperar o momento certo como no próprio título você afirma “TUDO TEM SEU TEMPO DETERMINADO”. (Manaus-AM). OLIVIER GONTIJO // 3 de fevereiro de 2019 em 11:06 // Responder Controlaram a Saúva, Amigo… mas não acabaram com ela… (Salvador-BA). Eden Lopes Feldman // 3 de fevereiro de 2019 em 11:33 // Responder O fato é que a expectativa de mudanças é tão grande que supera a paciência, e assim ficamos ansiosos para que medidas sejam tomadas e seus efeitos se realizem o quanto antes. E isto é provocado, conforme sua correta análise, Agenor, pelos 16 anos que afinal se revelaram como o maior embuste político que o país poderia imaginar. E ainda ficamos desnorteados que os resquícios desta era sobrevivam fortemente, principalmente pela ideologia remanescente em universidades e parte expressiva da imprensa. FOZ DO IGUAÇU