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O diabo? Num é feio não como se pinta por aí. Mas depende, num sabe? Ele veste sete pele. Tem uma pra cada dia, pra cada pessoa. Ainda onte teve aqui. Bonito, faceiro. Rosinha até se encantô com os oio dele. Oio bonito, de bicho quando ta feliz. Nunca vi ele em outra pele, mas o que teve aqui oiando pra Rosinha, querendo levar ela deu, era um moço afeiçoado. Falador, cheio de veludo na voz. E num fedia a enxofre, não senhor. Mas também não cheirava à fulô. É um bicho tentador, cheio de ilusionismo. Num instante aparece e desaparece, assim, como um redemoinho pequeno. Mas o sujeito espaia tudo. Espaiou o coração de Rosinha e me deixou encabulado com o encantamento todo dela depois que ele apareceu por aqui. Rosinha já num me oia como antes. Vive com um oio na terra e outro no impossive. O sinhô já viu alguém viver assim, pensando em coisa invisive? Pois ela vive. Ela acha que o diabo existe. E existe mesmo. É só pensar nele.
Autor: IVAN SANTTANA – 07-11-2013
Contribuição do:Blog do Florisvaldo – Informação Com Imparcialidade – 11/08/2018
Colaboração dos: