Própolis
Sua composição é de 55% resinas vegetais; 30% cera de abelhas; 8 a 10% de óleos essenciais; e 5% de pólen aproximadamente.
A diferença entre os tipos de própolis está vinculada à sua origem botânica e à espécie de abelha que a produziu. A própolis verde do Brasil está associada a planta Baccharis dracunculifolia, conhecida também como alecrim-do-campo, onde é nativo..
A própolis vermelha que vem muito bem produzida no litoral de nossa linda e extensa Bahia,está vinculada a planta Dalbergia ecastophyllum popularmente conhecida como Rabo-de-bugio, cujo preço comercial /kg pode chegar até R$ 550,00.
Dos mais de 200 compostos químicos já identificados na própolis, entre os principais compostos ativos podemos citar os compostos flavonóides, ácidos aromáticos, terpenóides, aldeídos, álcoois, ácidos alifáticos e ésteres, aminoácidos, esteróides, açúcares, etc.
Uso na colmeia
É utilizada pelas abelhas de diversas formas:
- Para proteger a colmeia de intrusos e do frio, mantendo a temperatura ideal para suas crias, fechando frestas e diminuindo o tamanho da entrada;
- Para desinfetar o interior da colmeia e os alvéolos onde a abelha rainha faz a postura dos ovos;
- Quando um intruso é abatido e não pode ser retirado do interior da colmeia, as abelhas cobrem o intruso com própolis, evitando que sua putrefação contamine o ninho.
Foi recentemente mostrado que as abelhas puderam sobreviver por um tempo mais longo quando tinham usado a própolis para selar as fendas da colmeia. Isso é provavelmente porque a própolis, feito de 50 % resina, contém bastantes moléculas com funções antibióticas[4].
Uso pelo Homem
A própolis possui diversas propriedades biológicas e terapêuticas.
Desde a Antigüidade a própolis já era utilizada como medicamento popular no tratamento de feridas e infecções. As histórias das medicinas das civilizações Chinesa, Tibetana, Egípcia e também a Greco-Romana são ricas, todas contendo em seus escritos antigos centenas de receitas onde entram principalmente mel, própolis, larvas de abelhas e às vezes as próprias abelhas, para curar ou prevenir enfermidades. A própolis é conhecida como um poderoso antibiótico natural, o mais antigo e mais completo do planeta.
Hoje a própolis é utilizada com maior freqüência na prevenção e tratamento de feridas e infecções da via oral, também como antimicótico e cicatrizante. Estudos mais recentes indicam eficiente ação de alguns de seus compostos ativos com ação imuno-estimulante e antitumoral.
Aplicação de Extrato etanólico de própolis na Agricultura A partir do ano de 2000 o pesquisador Cassiano Spaziani Pereira iniciou seu trabalhos com aplicação de extrato etanólico de própolis na agricultura. Sendo hoje uma opção para produtores orgânicos a aplicação de própolis de abelhas no controle de doenças de plantas, nutrição de plantas e até mesmo na redução de estress hídrico pelas plantas. O pesquisador iniciou suas pesquisas com própolis na agricultura após, numa tarde de setembro de 1999 sofrer um grande resfriado. Cassiano teve a idéia de tomar própolis de abelha para aliviar a gripe, assim sendo, pegou um extrato e colocou algumas gotas num pequeno copo de água. Ao perceber a coloração da mistura se interessou pela mesma e pensou em aplicar aquela mistura em lavouras. Inicialmente o pesquisador aplicou o extrato com água em uma roseira no jardim de sua casa em São Carlos-SP. ao verificar bons resultados Cassiano procurou o prof. Rubens José Guimarães da Universidade Federal de Lavras para orientá-lo em suas pesquisas com o novo projeto. Assim a partir de 2000 iniciou-se as pesquisas com Extrato etanólico de própolis na cultura do café junto a UFLA e atualmente o pesquisador Cassiano Spaziani Pereira já realizou pesquisas com extrato de própolis em várias culturas, como o café, feijão, soja, citrios e manga, sempre obtendo ótimos resultados. Em 2005 O pesquisador patenteou seu invento que agora protegido pode servir a sociedade e garantir a seu inventor o mérito merecido. O primeiro artigo de peso saiu em 2008 com a publicação na revista ceres de viçosa.
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