Está pautado para o próximo dia 14 de setembro no Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento de um agravo apresentado pelo ex-presidente da Câmara, e ex-deputado, Eduardo Cunha na ação em que ele questiona decisão do ex-juiz da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, Sergio Moro.
A informação é da coluna de Ancelmo Góis, do jornal O Globo. Cunha foi condenado pela Justiça Federal, em 2017, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A ação que será julgada foi apresentada à Corte em 2019. Segundo a publicação, a defesa de Cunha argumenta que, quando magistrado, o ex-ministro da Justiça ignorou entendimento inicial do Supremo ao não considerar o crime de “caixa 2” sobre recebimento de propina em negócio feito pela Petrobras – o que levaria o caso para Justiça Eleitoral.
Cunha intercala reuniões com advogados para se tornar elegível em 2022
O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ), afirmou o desejo de concorrer como deputado de concorrer como deputado nas eleições de 2022, em São Paulo. Cunha ficou inelegível por oito anos a partir do fim do mandato após ser cassado, em 2016, e agora intercala reuniões com advogados buscando brechas para se livrar dos processos.
Em entrevista ao O Globo, publicada no domingo (05/09), Eduardo Cunha afirmou que trabalha para eleger a filha Danielle, deputada federal pelo Rio de Janeiro. Além disso, afirmou não ter planos de sair do MDB. “Minha filha é candidata no Rio, não disputarei com ela. Então penso em ser candidato por São Paulo. Sou muito bem recebido lá. Também não tenho planos de sair do MDB”, disse.
Sendo um dos principais personagens da Operação Lava-Jato, condenado em segunda instância a 15 anos e 11 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Cunha segue trabalhando para anular as ações que responde. Em Brasília, ele costuma se reunir com advogados, amigos e parlamentares, incluindo os que votaram pela sua cassação, deixando claro que não faz política ‘olhando no retrovisor’.
A cassação do emedebista foi motivada pela quebra do decoro parlamentar. O deputado foi acusado de mentir à CPI da Petrobras ao negar ser titular de contas no exterior, em março de 2015. Em outubro do mesmo ano foi preso por determinação do ex-juiz Sergio Moro.