Apaixonado por carros desde a infância, o cabeleireiro Manoel Francisco Carvalho da Costa, o “Jerry Lee”, como é conhecido em Cruzeiro do Sul (AC), gastou R$ 41 mil para transformar um Ford Maverick 1976, motor 4 cilindros, em um cupê novinho em folha. O projeto de reforma começou em 2013. O carro, ou o que restou dele, foi comprado por R$ 6, mas a transformação fez surgir um Maverick totalmente reestilizado, com mais conforto do que quando foi fabricado, com poltronas em couro acolchoadas e ar-condicionado.
“Desde pequeno sempre gostei de carro, e tinha vontade de ter um Maverick. É um carro que sempre sonhei e nunca tive como comprar um já pronto. Todos diziam que não prestava e eu consegui restaurar do zero”, lembra.
O carro foi levado inicialmente para lanternagem e pintura, após foi feita a parte elétrica, suspensão, tapeçaria. O próprio cabeleireiro, que também entende do assunto, realizou os trabalhos com o motor. Foi necessário comprar a maior parte da peças de outros estados do Brasil por não serem encontradas na região. A reforma do carro chegou à sua etapa final com a instalação do som, único patrocínio recebido pelo cabeleireiro.
De acordo com Jerry, o carro foi o primeiro desse modelo que chegou em Cruzeiro do Sul, trazido por um médico que trabalhava na região. “Esse carro tem toda uma história, é um patrimônio da cidade. Esse médico vendeu o carro e o último dono não se desfazia dele por nada, até que eu consegui convencê-lo, e pelo fato dele ser parente da minha esposa ajudou na compra”, relata.
Chegando na etapa final do sonho realizado Jerry conta que agora o próximo passo é regularizar o veículo junto ao Detran. O Maverick ainda possui placa amarela com documentação irregular há mais de 20 anos.
“É um sonho que eu consegui realizar. Eu mesmo no início pensava que não conseguiria recuperar, pois as peças dele são muito caras e não eram encontradas aqui. Consegui devagar e hoje é uma satisfação ver esse carro assim”, comemora.
Sonho frustrado
Há quase três anos o cabeleireiro também reformou um carro modelo gol quadrado, que pretendia usar na produção de um filme, mas foi frustrado ao tentar regularizar a documentação do veículo junto ao Detran. “Tinha que ser feita uma perícia no carro em Porto Velho (RO) para ele poder rodar e não liberaram aqui. Tive que desmontar e vender”, lamenta.
Equipe ‘Loucos por carros CZS’
O cabeleireiro pretende usar o carro em festas de casamento, 15 anos e expor em eventos. O amor por veículos é tão grande que o homem montou uma equipe junto com outros amigos chamada ‘Loucos por carros CZS’ na intenção de expor os veículos em eventos.
Fonte: G1