Esportivo avaliado em R$ 2,5 milhões será usado por preparadora na divulgação das capacidades do kit GNV
A Ferrari F12berlinetta foi substituída pela 812 Superfast em 2017, mas ainda impõe respeito. Seu motor V12 6.2 gera 740 cv a 8.500 rpm e 70,3 mkgf de torque a 6.000 rpm. Isso com gasolina, claro.
A novidade é que uma oficina do Rio de Janeiro (RJ) quer converter um exemplar do superesportivo para GNV. É sério.
O objetivo é ter informações sobre tempo de ignição, injeção e pressão das bombas de combustível de baixa e alta pressão para avaliar se é possível instalar um kit GNV na F12, o que seria feito pela oficina 2001 Multimarcas.
Neste caso, como o motor V12 tem injeção direta, ele receberia um kit de gás natural de sexta geração, que usa um mesmo bico injetor para o combustível líquido e para o gasoso.
O motor continua consumindo gasolina a todo momento, mas em uma proporção de 30% de gasolina e 70% de GNV, em média.
É o kit mais moderno, mas também o mais caro. A conversão custa entre R$ 7.500 e R$ 8.000 para carros com motores de quatro cilindros, como o Chevrolet Captiva e o Ford Focus 2.0.
Um kit de quinta geração, indicado para carros com injeção eletrônica convencional, não custa mais de R$ 4.500.
Onde está a economia?
Além do preço dos combustíveis, o desconto de 75% no IPVA de carros equipados com GNV e emplacados no Estado Rio de Janeiro são os grandes estímulos para a conversão hoje.
Uma Ferrari F12berlinetta 2016 é avaliada hoje em R$ 2.754.010. O IPVA normal, de 4% do valor do veículo, custa R$ 110.160. Com kit GNV instalado, pagaria R$ 27.540 no próximo ano.
A conversão seria “paga” em um ano. Mas ainda haveria uma economia com combustível.
Considerando a gasolina a R$ 4,96 o litro e o GNV a R$ 2,98 o m³, valores médios divulgados pela ANP para a cidade do Rio de Janeiro entre os dias 5 e 11 deste mês, a economia anual seria de R$ 2.598.
Isso para um superesportivo que faz média de 4 km/l com gasolina e roda cerca de 3.000 km por ano.
Fonte: Quatro Rodas