A arrecadação das receitas federais somou R$ 139,030 bilhões, em abril de 2019, informou hoje (23) a Secretaria da Receita Federal do Ministério da Economia (SRF). Houve aumento real (descontada a inflação) de 1,28%, na comparação com o mesmo mês de 2018.
Em abril, as receitas administradas por outros órgãos (principalmente royalties do petróleo) foram as responsáveis pelo crescimento da arrecadação, ao totalizarem R$ 11,030 bilhões, com crescimento de 24,82%.
As receitas administradas pela SRF (como impostos e contribuições) chegaram a R$ 127,99 bilhões, com queda real de 0,34%.
De janeiro a abril, a arrecadação somou R$ 524,371 bilhões, com crescimento real de 1,14%. O faturamento administrado pela Receita chegou a R$ 499,165 bilhões, com aumento real de 0,3%. As receitas administradas por outros órgãos chegaram a R$ 25,205 bilhões, com crescimento de 21,12%.
A arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais registrou queda real (descontada a inflação) de 0,58% em março, na comparação com o mesmo mês do ano passado, para R$ 109,854 bilhões, a Secretaria da Receita Federal.
Os números mostram que a arrecadação vem oscilando. Em fevereiro, havia subido 5,36%, mas, em janeiro, houve uma queda real de 0,66%. Nos últimos seis meses, a arrecadação recuou em quatro deles – sempre na comparação com o mesmo período do ano anterior.
De acordo com o órgão, uma sondagem sobre a reforma da Previdência mostra que o setor privado está em “compasso de espera” sobre a sua tramitação no Congresso Nacional.
“Uma retomada do investimento privado e do emprego na economia depende de um cenário mais claro a respeito das contas públicas nos próximos anos”, declarou Bernardo Schettini, coordenador-geral de Política Fiscal da Secretaria de Política Econômica.
Primeiro trimestre e meta fiscal
No acumulado do primeiro trimestre deste ano, ainda segundo dados oficiais, a arrecadação somou R$ 385,341 bilhões, com aumento real de 1,09% frente ao mesmo período do ano passado. Trata-se do melhor resultado, para o primeiro bimestre de um ano, desde 2014 (R$ 393,383 bilhões).
O comportamento da arrecadação é importante porque ajuda o governo a tentar cumprir a meta fiscal, ou seja, o resultado para as contas públicas.
Para 2019, a meta do governo é de um déficit (resultado negativo, sem contar as despesas com juros) de até R$ 139 bilhões.
No ano passado, o rombo fiscal somou R$ 120 bilhões. Foi o quinto ano seguido de rombo nas contas públicas.
A consequência de as contas públicas registrarem déficits fiscais seguidos é a piora da dívida pública e possíveis impactos inflacionários.