No documento assinado pelo presidente da federação, Cláudio Fabián Tapia, a Argentina reclama da postura do presidente brasileiro durante todo o evento ocorrido em Belo Horizonte. Bolsonaro apareceu em um camarote, interagiu com torcedores, ganhou presentes e ainda esteve no gramado do Mineirão durante o intervalo, o que gerou a grande crítica por parte dos argentinos.
“Concretamente, a imprudência na condução da arbitragem gerou um ambiente evitável antes do jogo, agravado pela presença do presidente do Brasil Jair Bolsonaro no estádio Mineirão de Belo Horizonte, que não passou despercebida por jogadores, dirigentes e o público em geral, já que foram evidentes suas manifestações políticas durante o desenrolar do jogo, não podendo deixar de mencionar que no intervalo deu uma verdadeira volta olímpica no estádio”, escreveu a AFA.
“Os princípios da Fifa e da Conmebol de não ingerência, e a proibição que rege todos seus membros de realizar manifestações políticas em um evento esportivo, devia ser advertida pela comitiva presente. Não questiono o tamanho do presidente do Brasil, mas os responsáveis da organização do evento deviam evitar manifestações políticas. Não podemos esquecer que já puniram jogadores por terem externado opiniões políticas durante partidas de futebol”, acrescentou a federação argentina.
“Além disso, os membros da segurança do presidente da república irmã do Brasil não foram individualizados com os coletes exigidos pela Conmebol para todos os membros de segurança dos eventos por ela organizados, o que gerou um estado de confusão entre os espectadores que poderia ser evitado”, concluiu a entidade em relação às críticas a Bolsonaro.
Já na carta de Federico J. Beligoy, diretor nacional de arbitragem da AFA, a entidade argentina cobra receber da Conmebol o áudio e o vídeo de toda a sala do VAR durante a partida. Tapia, por sua vez, atacou o trabalho de Wilson Seneme, ex-árbitro brasileiro e atualmente na presidência da Comissão de Arbitragem da Conmebol.
O presidente da federação argentina ainda cobra a Conmebol para tomar uma atitude contra Seneme pelos problemas de arbitragem na competição. A Argentina reclama de dois possíveis pênaltis ocorridos contra o Brasil: um em Sergio Agüero, quando o jogo estava 1 a 0 para o time da casa, e outro em Otamendi, quando os comandados de Tite já possúiam a vantagem de dois gols.
Com informações do Uol