A defesa do empresário alega que ele “não tentou se apropriar do recurso” e que se trata de um “equívoco jurídico”.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, uma falha no sistema do Banco Safra S.A. entre os dias 26 e 27 de dezembro de 2018 fez com que Guilherme Moreira, 27 anos, recebesse a quantia milionária.
Além da aquisição do automóvel ano 2014, avaliado em R$ 280 mil pela tabela Fipe, cinco transferências que juntas somam R$ 1,1 milhão feitas por ele foram bloqueadas. A conta do pai, outra da própria empresa dele e uma prestadora de serviço foram alguns dos destinos.
“Movimentações suspeitas”
Segundo a Polícia, as movimentações foram consideradas suspeitas porque Moreira “não tinha lastro, saldo suficiente para arcar com os valores” — o saldo de sua conta era de R$ 27 mil no dia anterior ao incidente com a instituição financeira.
“Ficou demonstrado que ele se apropria indevidamente destes valores, tenta dar aparência lícita a eles. Este tipo de conduta caracteriza apropriação de coisa havida por erro e lavagem de dinheiro”, afirmou ao UOL o delegado Kleber Toledo, responsável pelo caso.
O mandado de busca e apreensão do veículo de luxo esportivo foi realizado ontem. De acordo com a Polícia Civil, as investigações continuam, mas o inquérito deve ser encaminhado à justiça na próxima semana. As penas podem chegar a 11 anos de prisão.
Defesa alega que não houve apropriação indevida
Procurada pela reportagem, a defesa de Guilherme Moreira enviou nota dizendo que “o proprietário do restaurante esclarece que não houve apropriação indevida do valor apontado pelo banco” e que “tudo será esclarecido e comprovado”.
A defesa do empresário afirma que o problema se deu devido a um erro na prestação de serviço do banco, que bloqueou todas as contas do empresário, impossibilitando “a devolução imediata do valor que já havia sido retirado para pagamentos diversos”.
A defesa disse ainda que o cliente tentou negociar com o banco, ainda em janeiro, para restituir o valor. As partes, no entanto, não chegaram a um acordo.
Fonte: Thiago Tassi Uol