Um levantamento feito pela consultoria Atlas entre os dias 30 de outubro e 5 de novembro, com 827 respostas coletadas e margem de erro de 3 pontos, mostra que parte relevante do eleitorado combina o voto presidencial no PT e o voto para governador no DEM, apesar de os petistas controlarem politicamente o Estado desde 2006.
Na disputa presidencial, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera com 62% ou 63% nas simulações de primeiro turno, conforme o quadro de adversários, segundo o Valor. Na disputa pelo governo estadual, a liderança folgada é do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, com 45%. Ele é presidente nacional do DEM, arquirrival do PT.
Atrás de Neto, que com tal desempenho garantiria vitória já no primeiro turno, aparecem o senador e ex-governador Jaques Wagner (PT), com 27%; o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), com 4%; e o ex-vereador Marcos Mendes (Psol), também com 4%. Em simulação de segundo turno para governador, ACM Neto vence Wagner por 49% a 39%.
Com 10,2 milhões de eleitores (7% do total), a Bahia é o quarto maior colégio eleitoral do país, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Na eleição presidencial de 2018, o Estado foi na contramão da maior parte do país e deu vitória ao petista Fernando Haddad no primeiro e no segundo turnos. Na disputa final contra Bolsonaro, o ex-prefeito de São Paulo venceu por 72,7% dos votos válidos baianos a 27,3%.
A pesquisa Atlas é feita pela internet. Por meio de anúncios publicitários, a consultoria dispara milhares de convites aleatoriamente para internautas da área a ser investigada. Ao clicar no convite, o eleitor é direcionado ao questionário do estudo.
Dispositivos de segurança impedem que o respondente repasse a pesquisa a outras pessoas ou preencha mais de um questionário. As respostas são coletadas até que haja quantidade suficiente que se enquadre no perfil da amostra previamente desenhada pelos pesquisadores.
Calibragens são feitas para corrigir falta ou excesso de representação e eventual viés de não resposta por certos grupos. Pesquisa assim só pode ser comparada com levantamento que tenha adotado a mesma metodologia. Não pode ser comparada com pesquisa por meio de entrevistas presenciais nem com estudo feito por telefone por meio de operador ou mensagem gravada. BNews