O Brasil está parando, gradativamente, devido ao Coronavírus, e unindo esforços para travar essa pandemia. Declarações recentes do presidente brasileiro mostram uma opinião distinta quanto às formas de lidar com a situação. Conheça a diferença entre o discurso do líder brasileiro e as diretivas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Nesse momento, em todo o mundo, a preocupação em barrar a propagação do vírus é intensa e tem-se manifestado de inúmeras formas: através de atitudes voluntárias da população e de diretivas impostas pelos governos dos vários países. A questão e objetivo principal está na busca do desaceleramento do contágio por Covid-19 para permitir aos serviços de saúde uma resposta mais efetiva e reduzir o número de ingressos nos serviços de saúde.
Recolhendo-se em suas casas, as pessoas enfrentam o isolamento social das mais diversas formas. Algumas, estão adotando rotinas de culinária ou exercício em casa. Outras, estão tentando encontrar novas vias profissionais, como o e-commerce e se dedicam a criar logotipo online para sua marca ou a estudar as melhores formas de conquistar o sucesso nessa atividade. Ainda outras, continuam trabalhando, mas em regime de home office.
Assim, de uma ou outra forma, em todo o Brasil, as pessoas estão tentando dar seu melhor para combater o inimigo invisível que é esse novo vírus, seguindo as diretivas pedidas pela OMS e pelos governos locais.
No entanto, declarações recentes de Jair Bolsonaro na televisão apontam para que esse surto seja, na verdade, um exagero da mídia e propõe que tudo retorne à normalidade. Saiba a opinião do líder brasileiro e como esta difere das tendências internacionais.
Covid-19: das diretivas da OMS às declarações do presidente
A OMS apresentou medidas claras que sugerem que, nessa fase de pandemia, o melhor para a saúde de todos é garantir rotinas de higiene e segurança onde se inclui a etiqueta respiratória (como tossir para o antebraço), a lavagem e desinfeção das mãos com álcool em gel e ainda a permanência em casa, para reduzir os riscos de contágio.
Na rede nacional de TV, no dia 24 de Março, Jair Bolsonaro prestou declarações onde todos esses cuidados são apresentados como desnecessários e onde a mídia foi acusada de estar causando pânico na população de forma desnecessária.
Comparando os efeitos do vírus pandêmico a uma gripe comum, o líder brasileiro asseverou que não havia necessidade de confinamento massivo e que as escolas e empresas deveriam reabrir.
Olhando a situação crítica de Itália, Bolsonaro garantiu ainda que, pelas características etárias da população e a diferença de clima entre os dois países, não fazia sentido comparar os dois países em questão.
O temor de outros líderes nacionais
O próprio Ministério da Saúde brasileiro recusou comentar as declarações de Jair Bolsonaro e alguns dos prefeitos do país já revelaram que irão manter todo os esforços e diretivas para a contenção do Covid-19, apesar da opinião do presidente.
Marcos Benedetti Hermenegildo, o prefeito de Vicentina é um exemplo disso, tendo recomendado que a população local mantivesse sua quarentena, como pedido.
Outros estados também têm seguido o exemplo de Vicentina, optando pelo recolhimento social face à pandemia internacional.